Abaixo, você
confere o que rolou de mais interessante no universo da ciência e da astronomia
desde o primeiro dia de 2019:
New Horizons em Ultima Thule
No primeiro dia de janeiro, a NASA anunciou que a sonda New
Horizons fez um sobrevoo com sucesso
pelo objeto 2014 MU69, apelidado de Ultima Thule, que fica no Cinturão de Kuiper
junto a muitos outros pequenos objetos que datam dos primórdios da formação do
Sistema Solar.
Os dados coletados chegarão pelos
próximos 20 meses (com imagens mais nítidas e com maior resolução chegando em
fevereiro), mas a agência espacial já conseguiu fazer algumas descobertas
iniciais. Primeiro, seu formato: o objeto tem o formato parecido com o de um boneco de neve,
sendo, na verdade, a combinação de dois corpos que se chocaram tão lentamente
um contra o outro, que foi possível um "encaixe". Sua coloração é
avermelhada na superfície, e não há evidências de que o objeto tenha satélites
próprios ou uma atmosfera.
Ultima Thule está localizado a 6,4
bilhões de quilômetros da Terra e, caso haja verba para tal, a sonda New
Horizons pode ter sua trajetória alterada mais uma vez para estudar outros
objetos na mesma região, antes de "morrer", já que tem combustível
para durar até a década de 2030.
Pluma
vulcânica avistada pela Juno em Io, lua de Júpiter
Apesar da baixa resolução, dá para ver a pluma vulcânica sendo expelida no centro de Io, exatamente na linha que divide o lado recebendo luz solar e o lado onde era noite. A foto foi tirada a 300 mil km de distância (Foto: NASA)
Estudando Júpiter e suas luas desde
2016, a sonda Juno, da NASA, capturou uma imagem mostrando uma pluma
vulcânica sendo expelida na lua Io. A imagem foi registrada no dia
21 de dezembro. Já era sabido que Io tem atividade vulcânica desde 1979, com
essa atividade sendo estimulada pela extremamente intensa gravidade de Júpiter.
Pouso
histórico no lado afastado da Lua
A agência espacial chinesa entrou
para a história da exploração espacial ao pousar, pela primeira vez, uma sonda no lado afastado da
Lua. A Chang'e 4 levou consigo um rover exploratório para estudar a
cratera Von Kárman, criada a partir de um impacto gigantesco que aconteceu há
bilhões de anos. Ali, a Chang'e 4 estudará a geologia do hemisfério lunar que
nunca pode ser visto da Terra, estudando também a viabilidade de se cultivar
vegetais por lá — já de olho em missões espaciais futuras.
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Colisão
entre a Via Láctea e a Grande Nuvem de Magalhães
Dentro de 2 bilhões de anos, a nossa galáxia deverá se colidir com a Grande Nuvem de
Magalhães, galáxia-satélite da nossa. O encontro poderá
"despertar" o Sagittarius A, buraco negro supermassivo que fica no
centro da Via Láctea. Com isso, radiação de alta energia será liberada, e pode
ser que o Sistema Solar seja "lançado" para o espaço.
Mas é pouquíssimo provável que o Sol
e seus planetas sejam afetados de maneira catastrófica, então se até lá a
humanidade ainda existir, o máximo que pode acontecer é que testemunhem um
espetacular show de "fogos de artifício" cósmicos no céu.
Identificada
a fonte da ansiedade no cérebro
Um estudo conduzido por
neurocientistas da Universidade da Califórnia mostrou que a equipe identificou
as "células da ansiedade" no cérebro, que ficam
localizadas no hipocampo. Elas não apenas regulam o comportamento ansioso do
indivíduo, como também podem ser controladas por um feixe de luz.
Experimentos em ratos de laboratório
mostram que é possível, portanto, silenciar as células que acionam a ansiedade,
surgindo uma luz no fim do túnel para milhões de pessoas em todo o mundo que
sofrem com transtornos de ansiedade e dependem de medicamentos para controlar
os sintomas. Com uma técnica chamada optogenética, a equipe conseguiu
direcionar um feixe de luz sobre as células, conseguindo silenciá-las
efetivamente e, assim, observando que os níveis de ansiedade dos ratos se
reduziram de maneira significativa.
Fonte: www.canaltech.com.br
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