sábado, 30 de novembro de 2019

Disney+ ganha 1 milhão de assinantes por dia, revela pesquisa

Lançado em 12 de novembro nos Estados Unidos, o Disney+ continua a apresentar números impressionantes em relação ao seu desempenho comercial. Depois de ganhar 10 milhões de usuários somente nas primeiras 24 horas no ar, o serviço de streaming está adicionando 1 milhão de novos assinantes por dia, de acordo com o The New York Post.

Os dados, revelados pela empresa de pesquisa Apptopia, referem-se apenas aos assinantes da versão móvel da plataforma, que a utilizam no smartphone ou tablet, sem considerar aqueles que se inscreveram por meio da versão web. Ou seja, os números podem ser ainda maiores, se somados aos usuários via computador.

A publicação também divulgou que o aplicativo Disney+ foi baixado 15,5 milhões de vezes desde a sua estreia, tendo arrecadado um total de US$ 5 milhões em compras feitas por meio dele nos 13 primeiros dias de funcionamento. Outra informação curiosa é que a plataforma acumulou 25,6 milhões de sessões diárias de exibição na semana passada.
A pesquisa inclui apenas as assinaturas via app. (Fonte: Disney+/Divulgação)

Com este desempenho inicial, o serviço já começa a causar barulho no mercado, mas ainda precisará de mais usuários se quiser chegar ao topo. Principal concorrente da nova plataforma online da Disney, a Netflix soma atualmente mais de 60 milhões de assinantes nos Estados Unidos, além de 97 milhões internacionalmente.

Maioria prefere o plano de US$ 12,99

A assinatura do Disney+ custa a partir de US$ 6,99 por mês nos Estados Unidos, no pacote básico. Mas a maioria dos clientes tem dado preferência à versão mais completa, que custa US$ 12,99 mensais, conforme sugere a Apptopia.

Neste pacote mais caro, o consumidor acessa mais dois serviços de streaming que também pertencem à gigante do entretenimento: Hulu, que disponibiliza séries, filmes e outros tipos de conteúdos, e ESPN+, com atrações esportivas.

Sucesso nos EUA, o Disney+ só deve chegar ao Brasil no segundo semestre de 2020.

Identificado lugar na Terra onde a vida não pode se desenvolver

Apesar de organismos vivos terem sido descobertos em todos os cantos do planeta – incluindo locais como as fumarolas no fundo dos oceanos e liberam calor, gases e compostos químicos, desertos superáridos, territórios congelados e lagos subterrâneos, por exemplo –, existe um lugar no qual, de acordo com um estudo conduzido por cientistas do Centro Nacional Francês de Pesquisas Científicas, a vida é incapaz de florescer.

Beleza estéril

O ambiente incrivelmente inóspito onde seres vivos não conseguem se desenvolver – nem mesmo microrganismos extremófilos – se encontra em Dallol, na Etiópia, uma cratera de um vulcão que abriga uma grande quantidade de fontes geotermais que vertem águas superquentes, ácidas, salgadas e, claro, muito tóxicas situada na depressão de Danakil. A liberação de gases nocivos também é grande e, para você ter ideia, em algumas das poças, o pH chega a ser negativo!
(Fonte: Our Breathing Planet / Reprodução)

Por conta desses e outros fatores, Dallol costuma atrair cientistas das mais variadas áreas, além de uma grande quantidade de visitantes – que se aventuram a transitar pela perigosa depressão para conferir sua paisagem surreal e cores incríveis.

Pois, em 2016, uma equipe de pesquisadores realizou levantamentos por lá e identificou a presença de microrganismos com não mais do que alguns nanômetros de tamanho. Mas, segundo o novo estudo, feito pelo pessoal do Centro Nacional Francês, parece que o time anterior de estudiosos se precipitou ao afirmar que as poças e lagoas de Dallol abrigam qualquer forma de vida.

Desprovido de vida

Os cientistas do Centro coletaram e analisaram muito mais amostras que as outras equipes, além de aplicarem metodologias mais rigorosas – e concluíram que não há organismos vivos nas fontes geotermais de Dallol. Entre os testes realizados, os pesquisadores conduziram o sequenciamento de marcadores genéticos, prepararam culturas, fizeram análises químicas e utilizaram técnicas como a citometria, microscopia eletrônica e a espectroscopia de raios X, mas não encontraram nada vivo.
(Fonte: First Post / Reprodução)

Aliás, os pesquisadores acreditam que os “falsos positivos” anteriores provavelmente sejam resultado da contaminação do material obtido para análise, uma vez que, nos arredores das termas existe uma grande diversidade de microrganismos, que se dispersam por toda a área pelo vento e pela movimentação de turistas no local. Outra possibilidade é que partículas de minerais ricos em sílica tenham sido confundidas com células fossilizadas ao serem observadas ao microscópio.

E quais são as implicações da descoberta? Entre os especialistas que estudam lugares como Dallol estão os astrobiólogos – profissionais interessados em encontrar organismos em outros planetas. Aqui na Terra, onde é indispensável a presença de água para que a vida possa florescer, seres encontrados em ambientes extremos como o da depressão dão esperança aos cientistas de um dia descobri-los em lugares semelhantes pelo cosmos. Assim, a constatação de que as lagoas e poças etíopes são completamente estéreis sugerem que formações como essas em outros mundos também não podem conter vida – pelo menos como conhecemos –, limitando as opções de busca.

Facebook apaga página de extrema direita após meses evitando isso

O Facebook ainda tem um problema complicado, que é a presença de páginas e conteúdos que pregam o ódio ou a disseminação de mentiras na rede social. Mesmo após a denúncia contra essas páginas, o site demora demais para agir, tornando a rede uma "terra de ninguém". Isso foi apontado pelo jornal The Guardian, o que fez com que o Facebook finalmente agisse e removesse duas das maiores páginas de extrema direita dos Estados Unidos.

O Facebook deu início nos primeiros meses de 2019 a uma campanha para a remoção, de suas redes, de páginas e perfis que promovessem a disseminação de mentiras e conteúdo de ódio. Páginas de extrema direita nacionalista dos Estados Unidos foram apontadas e denunciadas, com a empresa afirmando que tomaria ações contra elas.
(Fonte: Reuters/Reprodução)

Meses se passaram e nada aconteceu. Essa situação acabou gerando uma nova reportagem do The Guardian, tratando da resistência do Facebook em tomar alguma atitude, mesmo meses após ter afirmado que apagaria páginas nacionalistas dos Estados Unidos.

Isso finalmente aconteceu, e as páginas Red Ice TV e Affirmative Right — algumas com maior visibilidade na internet — foram removidas do site. Em um comunicado para o The Guardian, o Facebook afirmou que a companhia determinou que ambos os grupos e páginas violavam sua política contra "ódio organizado".

Internautas estão “trollando” propriedades Trump listadas no Google Maps

Existem aquelas pessoas que vão para os portões da Casa Branca, cartazes em punho, protestar contra o governo do presidente americano Donald Trump; as que fazem textões furiosos no Facebook e xingam muito no Twitter. E existem aquelas pessoas que apenas zoam o presidente, e o Buzzfeed descobriu a última modinha: postar fotos e vídeos completamente sem sentido nas propriedades Trump listadas no Google Maps.

No meio de visões panorâmicas, fotos de salões ou das facilidades oferecidas nos diversos empreendimentos do presidente americano, é possível encontrar gente pelada em um hotel, um trecho de um clip postado na página nos jardins da Casa Branca e até uma captura de tela do Fortnite.

A seguir, você confere cinco dessas esquisitices:

1. Dia de chuva na piscina
(Fonte: Google Maps/Reinier Toca/Reprodução)

Um homem de sunga gira seu guarda-chuva na página do resort Trump National Doral Miami, na Flórida (não se sabe se ele estava realmente lá).

2. Um lixo de governo
(Fonte: Google Maps/Rob/Reprodução)

Um cara relaxando em uma poltrona no meio de entulho, postado na página do gramado sul da Casa Branca.

3. Pelados em Vegas
(Fonte: Google Maps/Manny Besman/Reprodução)

Duas fotos e um vídeo, feitos no Trump International Hotel Las Vegas, mostram uma mulher nua e um cara curtindo seu banho em uma Jacuzzi.

4. Voe, meu bebê
(Fonte: Google Maps/ Peter Laing/Reprodução)

O resort de luxo Trump Turnberry na Escócia ganhou quatro vídeos com o Baby Trump, o balão símbolo do protesto à visita do presidente americano ao Reino Unido em 2018: do bebê com Trump, do balão flutuando sobre o resort, de pessoas trabalhando na praia enquanto o boneco gigantesco passa por elas e, por fim, uma reportagem da BBC.

5. Vem chamegar, minha gata
(Fonte: Google Maps/Rob/Reprodução)

Não só de fotos de gente relaxando no meio do lixo vive o gramado sul da Casa Branca: o mesmo usuário publicou, na mesma página, dezenas de imagens fofas de gatinhos, que têm a capacidade de aliviar até mesmo o desgosto de certas pessoas pelo governo Trump.

Fonte:Buzzfeed

IPTV pirata rende quase 1 bilhão de euros por ano na Europa

As pessoas estão cada vez mais cancelando os serviços de TV por assinatura e procurando meios ilegais para acessar seus canais favoritos na Europa. E esta demanda pelo IPTV pirata está gerando uma renda anual de quase 1 bilhão de euros aos provedores do serviço, de acordo com o relatório mais recente do Escritório de Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO, na sigla em inglês).

Conforme o TorrentFreak, existe uma enorme oferta de serviços ilegais de TV pela internet no território europeu, acessíveis por decodificadores, aplicativos e sites configurados para fornecer conteúdos pirateados mediante pagamentos mensais ou anuais.

A publicação também revelou que em torno de 3,1% da população da União Europeia é adepta da pirataria no IPTV, consistindo em uma base de 13,7 milhões de clientes. A maior parte deles está na Holanda e na Suécia (8,9% e 8,5%, respectivamente), enquanto a Romênia e a Bulgária apresentam os menores índices.
Mais de 13 milhões de clientes usam o streaming ilegal de TV na Europa. (Fonte: Freepik)

O preço médio de uma assinatura de IPTV pirata na Europa é de 5 euros por mês, o que dá pouco mais de R$ 23 em conversão direta, pela cotação do dia. Segundo o EUIPO, os países que mais geram receitas com os acessos não autorizados são o Reino Unido, a França e a Alemanha, de onde saem 532 milhões de euros por ano para os fornecedores.

Medidas para combater a pirataria

Na tentativa de frear o avanço do IPTV ilegal no Velho Continente, o EUIPO tem entrado com ações civis e criminais contra fornecedores, operadores e desenvolvedores deste tipo de serviço, conseguindo sucesso em alguns casos, resultando no bloqueio de sites e apps, por exemplo.

A entidade também está de olho nas pessoas que usam o YouTube e as redes sociais para ensinar a configurar os dispositivos para o streaming pirata. Elas podem ser responsabilizadas e processadas por favorecer a prestação do serviço ilegal.

Facebook, Google e Microsoft apoiam plano para salvar a web

Criador da World Wide Web, Tim Berners-Lee lançou, nesta segunda-feira (25), um plano global para salvar a internet de notícias falsas, manipulação política e violações de privacidade que tem o apoio de mais de 150 organizações de todo o mundo, entre as quais estão o Facebook, a Google e a Microsoft.

Em entrevista ao The Guardian, o físico britânico afirmou que governos, empresas e os indivíduos precisam se comprometer concretamente para proteger a web contra os mais variados tipos de abusos e garantir que ela beneficie a humanidade.

Para tanto, ele apresentou o “Contrato para a Web”, com nove princípios centrais, e revelou que a necessidade de mudança é urgente: “Se deixarmos a web como está, há um número muito grande de coisas que darão errado. Poderíamos acabar com uma distopia digital se não mudarmos as coisas. Não é que precisemos de um plano de 10 anos para a web, precisamos mudar a web agora”, disse ele.
Tim Berners-Lee. (Fonte: Wikipedia Commons)

Apesar de endossarem o plano, Facebook e Google podem ter dificuldade para cumprí-lo. Recentemente, a Anistia Internacional acusou as duas empresas de permitirem danos aos direitos humanos em escala populacional. Caso não mudem a postura, elas podem ser removidas da lista, conforme Berners-Lee,

Os nove princípios para salvar a web

Os nove princípios para salvar a internet são:

Para os governos

  • Garantir que todos possam se conectar à internet
  • Manter toda a internet disponível, o tempo todo
  • Respeitar e proteger a privacidade online e os direitos de dados das pessoas
Para as empresas
  • Tornar a internet acessível a todos
  • Respeitar e proteger a privacidade e os dados pessoais para criar confiança online
  • Desenvolver tecnologias que apoiem o melhor da humanidade e desafiem os piores
Para os cidadãos

  • Sejam criadores e colaboradores na web
  • Construam comunidades fortes que respeitem o discurso civil e a dignidade humana
  • Lute pela web

No site oficial do projeto há mais informações sobre o Contrato para a Web.

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Star Wars: novo filme tem previsão de abertura de US$ 200 milhões

Dirigido por J.J. Abrams, Star Wars: A Ascensão Skywalker encerra a lista dos blockbusters de 2019. Segundo a projeção feita pelo site norte-americano The Hollywood Reporter, o nono episódio da saga deve faturar entre US$ 175 milhões e US$ 200 milhões no primeiro final de semana de exibições apenas nos Estados Unidos.

Sem dúvidas, esse é um valor que é bastante alto para qualquer lançamento de Hollywood. No entanto, em comparação aos dois longas-metragens anteriores da atual trilogia, há uma considerável queda na estimativa de bilheteria.

O Despertar da Força (2015) teve uma abertura de US$ 248 milhões. Dois anos mais tarde, Os Últimos Jedi conseguiu um desempenho de US$ 220 milhões em sua estreia no mercado norte-americano – ou seja, uma queda de 12% entre os lançamentos.
Star Wars: A Ascensão Skywalker conclui a trilogia mais recente da franquia. (Fonte: IMDb/Divulgação)

A ameaça de Jumanji: Próxima Fase

Curiosamente, os heróis de Star Wars vão ter mais uma ameaça além do lado sombrio da força. Segundo o The Hollywood Reporter, a estreia de Jumanji: Próxima Fase pode atrapalhar a bilheteria da franquia espacial. Nos EUA, o longa protagonizado por Dwayne Johnson e Jack Black chega aos cinemas uma semana antes da produção da Lucasfilm.

Com isso, a sequência do filme de aventura e comédia de 2017 pode interferir no sucesso de A Ascensão Skywalker. Então, a Disney vai precisar gerenciar bem as expectativas em relação à bilheteria do primeiro fim de semana de exibição.

No Brasil, Star Wars: A Ascensão Skywalker estreia no dia 19 de dezembro, enquanto Jumanji: Próxima Fase chega aos cinemas brasileiros apenas no dia 16 de janeiro de 2020.

Avião ‘barrigudo’ da NASA leva cápsula Orion para testes nos EUA

Na última segunda-feira (25), o avião cargueiro Super Guppy da NASA transportou a cápsula Orion para testes preliminares à missão lunar Artemis 1. O veículo partiu do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, para a Estação Plum Book, no estado de Ohio, onde mais de 1,5 mil pessoas aguardavam a sua chegada. O modelo, desenvolvido para transportar equipamentos de grande porte, chamou a atenção, devido a seu design excêntrico, que exibe uma espécie de “barriga” na parte superior.

“Embora existam outras aeronaves capazes de suportar mais peso que o Super Guppy, muito poucas chegam perto de suas dimensões internas”, afirmou a NASA. O avião foi comprado pela agência espacial norte-americana em 1997, em substituição a outro modelo idêntico, que integrou sua frota por mais de três décadas.
Parte frontal do Super Guppy é aberta para retirada da sonda Orion. (Fonte: NASA/Divulgação)

Próximos passos

Após a entrega, a cápsula Orion será submetida a avaliações térmicas, similares às condições climáticas espaciais. Ela “estará sujeita a temperaturas extremas, variando de -250 a 300 graus Fahrenheit (cerca de – 121,1°C e 149° C), para replicar os voos dentro e fora da luz solar e sombra no espaço”, disse a NASA.

Depois, será submetida a testes de compatibilidade eletromagnética por 14 dias. Isso “garantirá que os componentes eletrônicos da espaçonave funcionem corretamente quando operados ao mesmo tempo”, completou a agência.

Com o encerramento dessa etapa, a sonda retornará ao Centro Espacial Kennedy, para iniciar integrações com o foguete Space Launch System, que será usado na futura missão lunar norte-americana.

Fontes: NASACnet

Internet em perigo: julgamento do Marco Civil pode ser desastroso

Pouca gente se deu conta, mas está em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação que, grosso modo, pergunta se o Marco Civil da Internet (mais especificamente, seu artigo 19, que trata da exclusão de conteúdo veiculado na web) vale ou não para a Justiça brasileira, e seu resultado tem potencial para ser desastroso para a internet brasileira.

A ação é composta por atores de peso: Facebook (o autor da pergunta) e mais Google, Twitter e os institutos de Política e Direito do Consumidor (Brasilcon), dos Advogados de São Paulo (Iasp) e de Defesa do Consumidor (Idec) – todos como amici curiae (ou seja, partes com interesse na causa).

O questionamento do Facebook se deu por causa de uma ação em que foi réu, condenado a excluir um perfil falso e ainda fornecer o IP de quem o fez e pagar uma indenização de R$ 10 mil. Em discussão, está se provedores de internet (como as redes sociais) precisam fiscalizar os conteúdos postados.

O juiz, em sua decisão, ignorou o artigo 19 do MCI, no qual se lê: “com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, o provedor de aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar as providências para (...) tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente”. Ou seja, conteúdo na web só pode ser retirado do ar via decisão judicial e o provedor, punido apenas se não a cumprir.

O que é ofensa e o que não é?

O problema é que a Justiça tem outras ideias. O advogado Fábio Leite, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e integrante do Núcleo de Estudos Constitucionais (NEC) da instituição, levou a cabo uma pesquisa que resultou no artigo Por que juízes não aplicam o art. 19 do Marco Civil da Internet?. O trabalho se baseou em um levantamento, feito pelo grupo Pesquisa sobre Liberdade de Expressão no Brasil (do qual Leite é o coordenador) ligado ao NEC/PUC-Rio, das apelações cíveis julgadas pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) entre 2011 e 2017, em processos ajuizados contra o Facebook.
Facebook é o provedor mais visado em ações para exclusão de conteúdo. (Fonte: NurPhoto/Getty Images/Jaap Arriens)

Mesmo depois do MCI, o Facebook continua sendo condenado não somente a remover conteúdo de suas redes, como também a pagar indenização. Do total de 55 processos levantados, 34 queriam remoção e indenização; os pedidos foram deferidos, em primeiro grau, em 22 casos (65%). Um processo em particular chamou a atenção de Leite pelo fato de o juiz ter ignorado completamente o artigo 19, usando o Código de Defesa do Consumidor e a Constituição Federal para dar ganho de causa ao autor da ação.

“Como condenar uma plataforma como o Facebook quando nem mesmo os juízes chegam a um consenso sobre o que está ou não protegido pela liberdade de expressão? Como lidar com esse julgamento caso a caso diante de centenas de publicações, compartilhamentos e comentários? Quem publica, quem comenta e quem compartilha dividem a responsabilidade?”

Cada provedor, uma sentença

Para o advogado, entregar à rede social a responsabilidade de dizer o que é e o que não é ofensivo “tornaria o Facebook uma espécie de órgão julgador do que está ou não protegido pela liberdade de expressão. Antes do MCI, o Facebook era condenado muitas vezes por não ter removido o conteúdo. Mas a plataforma manteve a política de não decidir o conflito e só retirar o que fora postado se houvesse decisão judicial”, explica.

Segundo o advogado, a Justiça simplesmente não aplica o artigo 19 em suas decisões, e foi por conta de uma decisão que o ignorou é que o Facebook resolveu questionar, no STF, a constitucionalidade do referido artigo. Em um levantamento nos Juizados Especiais Cíveis em busca de sentenças proferidas entre 2017 e 2018 em processos movidos contra o Facebook, Leite diz que “o resultado foi impressionante, e no pior sentido”. Em 79 processos dos 149 descobertos na pesquisa, houve pedido de indenização em 74; desses, em 48 casos ela foi negada, mas somente em 15 os juízes usaram o artigo 19 como justificativa.
Perfis comprovadamente falsos já são eliminados pelo Facebook sem a necessidade de ordem judicial. (Fonte: ZapFeeds/Reprodução)

O assunto começa agora a ganhar a grande mídia, mas quem discute liberdade de expressão vê com preocupação uma possível declaração de inconstitucionalidade do artigo 19. Durante o evento Liberdade e Responsabilidade na Internet – Lições internacionais e o debate brasileiro, que aconteceu no último dia 18 em Brasília, a ministra aposentada do STF Ellen Gracie mencionou, a respeito da questão da judicialização da decisão sobre conteúdo a ser retirado do ar, o artigo 18 do MCI, que estabelece que “o provedor de conexão à internet não será responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros”.

Ruim com ele, catastrófico sem ele

Segundo ela, “não faz qualquer sentido delegar a responsabilidade da retirada de conteúdo publicado online para o provedor, pois eles podem ter valores diversos na triagem de conteúdo” e, por isso, o Judiciário deve decidir sobre a possível remoção de uma publicação ofensiva.

O problema volta ao seu início: a Justiça não está usando a ferramenta de que dispõe para isso. “Se o STF decidir que o art. 19 é inconstitucional, voltaremos à situação antes do MCI, em que cada juiz decide um caso a partir de dispositivos constitucionais vagos que tutelam os dois direitos em conflito (liberdade de expressão, de um lado, e direito à honra ou à imagem, de outro). Compreendo os problemas do artigo 19, mas não há zona de conforto aqui. Com ele, há problemas. Sem ele, também – mas, na minha opinião, estes são maiores”, conclui Fábio Leite.

Dona da Vivo foca no Brasil e pode vender serviços da América Latina

O grupo Telefónica, dono da operadora Vivo e de diversos outros serviços em telecomunicações, anunciou mudanças no mercado e um reposicionamento da marca. As novidades foram confirmadas após a aprovação pelo Conselho de Administração da empresa.

Para começar, a companhia decidiu concentrar os esforços e investimentos nos mercados considerados prioritários — Brasil, Espanha, Alemanha e Reino Unido. Vale lembrar que, além da Vivo, o grupo é um dos principais interessados na aquisição da estrutura de telefonia móvel da rival Oi, atualmente em processo de recuperação judicial.

Os demais países da América Latina em que a empresa está presente terão um destino diferente. Menos valorizadas por uma série de motivos, desde instabilidade política dos países até problemas cambiais, as filiais de México, Colômbia, Venezuela, Chile, Argentina e Peru serão unificadas em um só negócio. Essa grande subsidiária pode ter uma série de destinos, desde a busca por investidores parceiros, aliança com outras operadoras ou até a venda para partes interessadas.

Mais separações

Além disso, a empresa anunciou a criação de dois "spin-offs". A Telefónica Tech vai cuidar de "negócios digitais com alto potencial de crescimento", o que inclui setores como Internet das Coisas, Big Data e computação em nuvem. Acordos com outras empresas em mercados ainda sem a presença da marca devem ser fechados em um futuro próximo.

Já a Telefónica Infra, como o nome indica, será destinada ao setor de infraestrutura em comunicações. A ideia é fornecer serviços em torres, antenas, data centers e fibra, entre outros. A Telxius detém 50,01% do negócio.

Exército da Austrália quer usar robôs para se proteger da China

Pensando em revigorar suas Forças Armadas para atuação em um possível cenário de guerra, a Austrália está investindo no uso de robôs, inteligência artificial e aprimoramento humano, criando um Exército forte para se proteger da China, principalmente. A afirmação foi feita pelo major-general Mick Ryan, segundo o Daily Mail.

De acordo com a publicação, a estratégia do Exército australiano foi detalhada em uma série de documentos divulgados pelo Departamento de Defesa do país, que descrevem a importância da tecnologia. A ideia é integrar soldados humanos a máquinas, sensores e outros aparatos para aumentar a capacidade de sobrevivência, letalidade e entendimento do combatente.

Entre os equipamentos que já estão sendo testados pelos militares australianos para colocar o país um passo à frente nesta “guerra tecnológica” estão armas digitais com mira computadorizada, veículos terrestres não-tripulados, robôs e drones com armas, como mostram os documentos.
Militares australianos já estão testando robôs para uso em guerra. (Fonte: Daily Mail/Reprodução)

O investimento na robótica e na inteligência artificial também seria uma forma de compensar o baixo número de soldados que compõem as Forças Armadas da Austrália, segundo o major-general, além de possibilitar a redução das cargas físicas e cognitivas dos soldados.

Guerra contra a China?

Conforme o Daily Mail, um dos principais motivos do investimento australiano na tecnologia de guerra é se precaver de uma possível ofensiva da China, já que o país asiático é um dos que mais tem expandido sua tecnologia militar nos últimos anos.

É bom lembrar que não há uma guerra ocorrendo entre as duas nações. Os dois países possuem uma boa relação comercial, inclusive, mas isso não impede a Austrália de ver os chineses como uma potencial ameaça para a região.

Fonte: Daily Mail

Instagram passa por instabilidade nesta quinta-feira (28)

Quem tentou publicar fotos no Instagram ou atualizar os Stories no fim da manhã desta quinta-feira (28) enfrentou dificuldades: o aplicativo que pertence ao Facebook apresentou instabilidades em diversas regiões do mundo, inclusive no Brasil. Devido aos problemas, o feed do serviço parou de carregar e a versão web chegou a ficar totalmente fora do ar.

Até o momento, tanto o Instagram quanto o Facebook não comentaram oficialmente sobre a queda inesperada. Com isso, aparentemente ainda não temos uma causa para a instabilidade, nem uma previsão de quando a rede social deve voltar ao normal.
(Fonte: Mateus Mognon/Tecmundo)

De acordo com o site DownDetector, que mapeia a situação dos principais serviços na web, o problema começou próximo das 11h e os primeiros afetados foram países da Europa e Estados Unidos. Como de costume, muitos usuários descontentes foram ao Twitter reclamar da situação, o que colocou o nome da rede social entre os assuntos mais comentados do dia.
O Instagram parou e a primeira coisa que faço e ir no Twitter pra ver se foi só o meu
1,462 people are talking about this
o instagram caiu e fiquei apagando o aplicativo e mexendo na internet achando que era só o meu, e agora eu vi no tt que não foi só o meu
See fer's other Tweets

Stories também é afetado

Além do feed principal da rede social não estar carregando e a versão web ficar instável, o popular recurso de Stories também não está funcionando. Os usuários até podem visualizar posts que estão armazenados em cache, mas é impossível realizar ou apagar publicações, segundo relatos do Twitter.

A instabilidade também está afetando outras áreas do aplicativo. Enquanto pesquisas ainda podem ser feitas, certos conteúdos não estão carregando e os perfis aparecem sem publicações. Como ainda não existe uma solução oficial para o problema, a forma mais simples de contornar a situação é tentar sobreviver sem a rede social por tempo por enquanto.