O Google recorreu
ao governo dos Estados Unidos que mudasse uma regra que dava respaldo à
organização de protestos por parte de funcionários de empresas
norte-americanas. Foi o que revelou uma reportagem da agência de notícias Bloombergdivulgada
nesta sexta-feira, 25.
Documentos obtidos por meio da lei de
acesso á informação dos EUA mostram que advogados do Google procuraram Conselho
Nacional de Relações Trabalhistas para sugerir uma mudança numa regra de 2014
referente ao direito de protestos.
A regra em questão diz que
trabalhadores do país têm o direito de usar o sistema de emails corporativos da
empresa onde trabalham para discutir problemas ligados ao trabalho. Isso inclui
a organização de greves e manifestações em geral.
Qual o interesse do
Google nessa história? Em 2018, a empresa foi alvo de um protesto global chamado
Walkout for Change. Na ocasião, milhares de funcionários da empresa
em todo o mundo fizeram passeatas contra recém-descobertos casos de assédio
sexual envolvendo executivos do alto escalão da corporação e contra o
envolvimento da companhia em projetos bélicos.
Segundo relatos de funcionários, toda
a organização do protesto foi feita através de trocas de emails entre os
trabalhadores usando suas contas corporativas no Gmail. Ao governo dos EUA,
porém, o Google argumentou que a permissão dada a esse tipo de prática deveria
ser anulada.
Na época do Walkout for Change, o
Google deu apoio público aos protestos e atendeu a algumas das exigências dos
funcionários em greve. Agora, a empresa nega que tenha feito lobby para a
mudança na regra que dá respaldo ao direito dos trabalhadores norte-americano.
Fonte:
www.olhardigital.com.br
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