terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Google é multada em 50 milhões de euros na França por desrespeitar a GDPR


Depois de uma ONG na Áustria acusar empresas de tecnologia de não cruprirem o General Data Protection Regulation (GDPR), agora a Google foi multada em 50 milhões de euros (perto de R$ 214 milhões) na França por conta da nova regulamentação europeia.

A empresa foi processada pelo CNIL, um dos órgão reguladores do setor na França. A instituição alegou que a Google falhou em se adequar às obrigações da nova regulamentação. O GDPR exige uma série de medidas que fazem com que usuários tenham acesso de forma mais fácil, rápida e compreensível a todos os dados que empresas digitais têm acumulados sobre elesg.

Para o CNIL, especificamente, a Google não foi capaz de apresentar informações suficientes de dados exigidos por cerca de 10 mil usuários que entraram com reclamações para o órgão francês. O CNIL também aponta que a gigante não garantiu controle suficiente para que usuários pudessem gerenciar quais informações estavam sendo usadas.

A Google informou em nota dizendo está profundamente comprometida com altos padrões de transparência e controles, mas não comentou efetivamente o processo. A nota aponta que a companhia ainda vai analisar a decisão do CNIL para depois informar os próximos passos.

A empresa ainda está sendo investigada por problemas semelhantes em oito outros países europeus: Noruega, Holanda, Grécia, República Tcheca, Eslovênia, Polônia e Suécia. Ainda, é possível que um órgão da Dinamarca também investigue a Google. Neste caso, a preocupação dos países é em relação a dados que a Google coleta com sistemas de acompanhamento da localização de usuários.

Embora seja uma quantia alta, os 50 milhões de euros ainda estão bem abaixo do teto que a empresa poderia ter de pagar. O GDPR permite que a companhia seja multada em até 4% de sua receita, e no último trimestre, a Google informou uma receita de US$ 33,74 bilhões, o que pode elevar esta multa para valores muito maiores do que os exigidos pela corte francesa.

Fontes: The VergeUECNIL


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