No auge do verão, janeiro é um dos
meses mais quentes do ano e, a cada novo ano, novos recordes de temperatura
costumam ser registrados no mês. Mas, além de fazer estressar nossos organismos
e provocar desmaios, flutuações de pressão e dores de cabeça, o calor excessivo
também traz malefícios para os aparelhos eletrônicos.
Isso acontece porque altas
temperaturas diminuem a vida útil dos semicondutores (o material do qual são
feitos todos os chips dos aparelhos eletrônicos). E não são apenas os chips que
sofrem com o calor, como também a rede elétrica no geral, já que o calor faz
com que os materiais dos fios se expanda, aumentando a resistência deles (por
isso, às vezes parece que a energia fica mais “fraca”, como quando o ventilador
de repente parece que está produzindo um pouco menos de vento mas minutos
depois retorna à potência normal).
E não é só a vida útil dos chips que
diminui com o calor: baterias também são outros componentes que estragam mais
rapidamente com o calor excessivo. Eletrônicos que trabalham em altas
temperaturas podem, a qualquer momento, parar de funcionar temporariamente ou
até mesmo queimar de vez, e por isso damos aqui algumas dicas do que fazer para
evitar que seus aparelhos sofram muito no verão. Seguindo essas dicas simples,
seus aparelhos deverão sobreviver sem grandes danos ao verão e estarão
funcionando perfeitamente para serem usados durante todo o resto do ano:
Dê espaço para eles “respirarem”
Apesar de ser uma regra a ser
aplicada em qualquer estação, no verão é especialmente importante dar espaço
para que os eletrônicos “respirem” — principalmente aqueles que esquentam tanto
que precisam de ventoinhas para manter a temperatura em níveis normais, como
videogames e computadores. Em dias de calor, as ventoinhas internas desses
aparelhos trabalham mais do que o normal, por isso é importantíssimo deixar
esses aparelhos em ambientes arejados, com pelo menos 10 cm de cada lado sem
nada em volta para que o sistema de resfriamento desses aparelhos possa expelir
o ar quente para fora e manter a temperatura dos componentes internos em níveis
aceitáveis.
Evite a exposição direta ao sol
Eis outro procedimento para ser
seguido em todas as estações, mas principalmente durante o verão. Deixar os aparelhos
em contato direto com a luz solar pode causar danos irreversíveis à tela,
memória, processadores, bateria ou até mesmo derreter o plástico da parte
externa dos aparelhos, por isso é sempre necessário deixar esses equipamento em
um local com sombra. E, além do sol, a areia também é algo que pode causar
grandes danos aos eletrônicos, então evite levar celulares e notebooks à praia
— caso o faça, nunca os use direto no sol, e sempre procure a sombra de um
guarda-sol ou de um quiosque para utilizá-los.
Seu notebook
não gosta de tomar sol, e o reflexo na tela ainda incomoda seus olhos
Não os
deixe muito perto uns dos outros
Para
aqueles que têm o costume de deixar o celular carregando em cima do computador
ou deixar o videogame encostado na TV, uma dica: durante o verão, evite deixar
os eletrônicos muito perto uns dos outros. Isso porque, ao deixar diversos
aparelhos eletrônicos encostados uns nos outros, ao invés de dissipar, eles
acabam criando uma “bolha de calor” que acaba aumentando a temperatura interna
de todos, o que pode causar defeitos e até fazer com que alguns equipamentos
queimem.
Não
esqueça nenhum eletrônico dentro do carro
Se você
tem o costume de deixar o rádio dentro do carro depois de estacionar, evite
fazer isso durante o verão. Isso porque, quando está estacionado, o veículo
funciona como um grande forno (e a parte interna pode até atingir algumas
temperaturas bem próximas de um forno de cozinha convencional), então deixar um
aparelho eletrônico dentro do veículo fechado é pedir para ele parar de
funcionar.
Faça a
limpeza regular dos equipamentos
Além do
calor, o verão brasileiro é caracterizado pelas chuvas quase diárias em quase
todas as regiões do país, então a umidade também pode ser um problema para os
aparelhos. Isso porque, quando misturada à poeira interna dos equipamentos, um
excesso de umidade pode fazer com que essas moléculas grudem na placa,
esquentando ainda mais os componentes e, às vezes, até gerando curtos-circuito.
Por isso, é importante levar seus aparelhos eletrônicos regularmente em uma
assistência técnica para que seja feita uma limpeza adequada, garantindo o bom
funcionamento das peças por mais tempo.
Não use
laptops na cama ou em mesas com toalha
Assim como
quando se deixa muitos aparelhos grudados uns nos outros, usar eletrônicos em
superfícies de tecido também cria “bolhas de calor”, pois o tecido não deixa
que o ar quente expelido pelo sistema de resfriamento da máquina se espalhe,
condensando tudo no entorno do aparelho e fazendo ele esquentar muito mais do
que o normal. Recomenda-se suportes específicos para notebooks, no caso de
usá-los em mesas com toalhas ou na cama, para que o aparelho fique mais
elevado, sem contato direto com o tecido.
Laptop
pertinho de smartphone pertinho de uma xícara de café em cima da cama: receita
para o desastre
Não se
preocupe com choques térmicos
Uma das
principais preocupações das pessoas durante o verão é com o “choque térmico”
que os aparelhos podem sofrer ao mudar de ambientes com temperaturas bem
distintas — como sair do Uber no sol do
meio-dia e entrar no escritório que está com o ar condicionado no talo, por
exemplo. Mas isso não é um problema real: a diferença de temperatura nesses
casos é relativamente pequena para que os aparelhos sofram qualquer tipo de
choque térmico que possa ser problemático. Contudo, esse não é o caso em
algumas regiões onde há neve, já que pegar um notebook que estava trabalhando
no máximo de sua capacidade editando vídeos, por exemplo (atividade que pode
facilmente elevar a temperatura interna para cerca de 80ºC), e rapidamente
fechar o aparelho e sair na rua do inverno da Sibéria com uma temperatura média
de -25ºC pode, sim, causar choques térmicos que quebram componentes internos da
máquina, mas a diferença de temperaturas tem que ser colossal nesse sentido — e
é algo que nunca vai acontecer em nenhuma região do Brasil.
Fonte: Meiji Electric, Compunet
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