Aviso: o texto a seguir contém leves
spoilers sobre os extras mais recentes de Assassins Creed: Odyssey. As
informações abaixo não possuem o seu contexto completo nem estragam de fato a
experiência de jogo, mas, de qualquer forma, por contar uma parte do conteúdo
do jogo, fica aqui o alerta ao leitor.
A publisher francesa Ubisoft pediu
desculpas recentemente por “forçar” o jogador em uma relação heterossexual ao
final do extra mais recente do jogo Assassins
Creed: Odyssey. A declaração da empresa veio após diversos
jogadores reclamarem que, ao agir desta forma, a empresa estaria se
contradizendo em relação a um dos pontos principais do marketing do título
antes de seu lançamento — o da liberdade irrestrita de escolhas românticas.
Ao
final do Episódio “Shadow Heritage” (“Herança Sombria”, na tradução livre) —
uma parte da DLC “Legacy of the First Blade” (“Legado da Primeira Lâmina”) — o
protagonista de Assassins Creed: Odyssey, Kassandra ou Alexios, dependendo da
preferência do jogador, acaba tendo um filho resultante de uma relação
heteronormativa. Isso irritou a comunidade dedicada ao jogo, haja vista que
essa progressão de enredo é unilateral, decidida apenas pela publisher e sem
input do jogador.
O diretor criativo do jogo, Jonathan
Dumont, ofereceu explicações sobre o motivo dessa decisão ter sido tomada, bem
como um pedido de desculpas por ela: “Nós gostaríamos de pedir desculpas aos
jogadores desapontados pelo relacionamento que seus personagens assumem.
Alexios/Kassandra, se dando conta de sua própria mortalidade e do sacrifício
feito por Leonidas e Myrrine para manter seus legados vivos, sentiram o desejo
e o dever de preservar sua importante linhagem”.
“O nosso objetivo era o de deixar que
os jogadores escolhessem entre uma perspectiva utilitária de certificar-se que
sua linhagem, seu sangue, sobrevivesse, ou então que formassem uma relação
romântica. Tentamos distinguir entre ambos os casos mas poderíamos tê-lo feito
de forma mais cuidadosa, já que andávamos em uma linha tênue entre escolhas
feitas em um RPG ou a progressão da história, e a clareza e motivação para essa
decisão foram executadas de maneira pobre”, ele continuou.
Dumont ainda disse que os jogadores
não precisarão, se assim desejarem, continuar este relacionamento na próxima
parte do arco, chamada “Bloodline” (“Linhagem”), adicionando que todo o caso
foi “uma experiência de aprendizado” e que a Ubisoft “fará o seu melhor” para
que as escolhas do jogador sejam respeitadas por completo, conforme a empresa
prometia durante a divulgação do jogo antes de seu lançamento.
Durante a E3 2018, a diretora
narrativa de Assassins Creed: Odyssey, Melissa McCoubrey, disse: “Se você
quiser ser uma mulher e se relacionar com uma mulher, pode fazer isso. Se você
quiser um homem e relacionar-se com uma mulher, você pode fazer isso. Se quiser
ser um homem e relacionar-se com um homem e uma mulher, você pode fazer isso”.
Fonte: Ubisoft Forum
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