Na última
semana, o The Wall Street Journal publicou uma reportagem
apontando que Mark
Zuckerberg supostamente teria conhecimento sobre a forma nada
agradável com que a empresa vinha lidando com a privacidade de seus usuários.
De acordo
com a publicação, foram encontrados emails nos quais Zuckerberg abordava a
questão apontando dúvidas sobre parte das práticas usadas pela companhia para
compartilhar informações dos usuários da rede social com outras empresas.
Facebook vs. segurança
de dados
Não é de
agora que esse assunto é motivo de preocupação para a companhia — nos últimos 2
anos, a empresa se envolveu em um escândalo atrás do outro: o caso da Cambridge
Analytica e o fornecimento
de dados para terceiros e até para empresas parceiras que atuam no
mercado de fabricação de celulares e outros dispositivos móveis.
Ainda
segundo a reportagem do WSJ, foi a própria equipe da companhia quem
encontrou os emails trocados por Zuckerberg. Internamente, existe a preocupação
de que o conhecimento público das mensagens possa ser altamente prejudicial
para o Facebook, ao menos no que diz respeito às relações públicas.
Apesar da
extensa matéria e de não ter tido acesso à integra das mensagens, o WSJinformou
que não conseguiu identificar quais foram os emails solicitados pela Comissão
Federal de Comércio (FCC, na sigla em inglês) ou, ainda, quais ou quantos deles
dizem respeito ao fundador do Facebook.
Consequências
Caso esses
emails sejam anexados ao processo que ainda corre na justiça dos EUA, as
principais consequências para a empresa envolvem a aplicação de multas e
a "supervisão
forçada" por 20 anos. Apesar das complicações, o Facebook parece
ter quase certeza de que algo ruim virá pela frente: nos relatórios financeiros
de 2019, a companhia chegou à conclusão de que deverá ter gastos entre
US$ 3 bilhões e US$ 5 bilhões junto à entidade de regulação dos EUA.
O processo
que ainda está em andamento tenta analisar todos os aspectos sensíveis sobre
como, no caso da Cambridge Analytica, a plataforma violou as regras do acordo
feito em 2012 com a FCC, no qual tinha se comprometido a zelar e garantir
a segurança
da privacidade dos dados dos usuários da rede social.
Fonte: Time
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