No fim de maio, uma
comitiva brasileira organizada pela Unica (União da Indústria de
Cana-de-Açúcar) visitou os maiores mercados automotivos do mundo (EUA, Índia e
China) a fim de apresentar as vantagens ambientais do uso de etanol, o
destacando como uma melhor opção à gasolina ou à eletricidade.
O objetivo da comitiva é ampliar a
produção brasileira de etanol e incentivar o desenvolvimento de tecnologias
para carros flex e híbridos. De acordo com a Unica, desde 2003, quando
começaram a ser vendidos carro flex no Brasil, 533 milhões de toneladas de CO2
deixaram de ser emitidas no país.
A conta feita pela entidade leva em
consideração toda a cadeia produtiva dos combustíveis, o que coloca o etanol à
frente da gasolina e do carro
elétrico.
Etanol vs Elétrico
Que combustíveis fósseis são um dos
grandes responsáveis pela poluição do ar todo mundo sabe. Os
carros elétricos vieram justamente como uma alternativa mais sustentável
para a locomoção, mas ao que indica a Unica, também apresentam altas taxas de
poluentes emitidos se olhada toda a cadeia produtiva.
Evandro Gussi, presidente da Unica,
salienta que na Ásia, por exemplo, a energia elétrica é fornecida por meio da queima
de carvão, tornando carros com essa tecnologia supostamente mais poluentes do
que os movidos à gasolina.
Outro problema apontado é a produção
de baterias para este modelo de funcionamento: ela emana uma grande quantidade
de gás carbônico e torna o carro elétrico realmente sustentável apenas a longo
prazo.
Híbridos
Por mais que a médio e curto prazo o
etanol apresente melhores resultados ambientais, ele também gera
poluição. Uma solução, portanto, poderiam ser carros
híbridos, que utilizam eletricidade em pequenas distâncias e etanol para
viagens maiores.
Uma possível participação do Brasil
no mercado global de carros movidos a etanol, contudo, poderia aumentar o preço
do combustível aqui no nosso mercado.
Fonte: Folha
de São Paulo
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