Imagine que você
possui um grande galpão para pintar. Você pode fazer essa tarefa sozinho, o que
pode demorar bastante, ou contratar vários pintores para acelerar o processo.
Quanto mais pintores (ainda que até um certo limite, neste exemplo), menos
tempo será necessário para finalizar a pintura. Ou seja, a tarefa é ditribuída
entre vários agentes, cada um deles responsável por uma parte da pintura. Uma
botnet é basicamente isso, só que com computadores.
Nós e mais nós
O exemplo acima usa
diversas pessoas para fazer uma determinada tarefa, todas elas controladas por
você. No caso de uma botnet, um computador usa os recursos de outros
computadores em uma rede para executar uma tarefa específica. Tarefas que
seriam muito pesadas para uma só máquina, como cálculos matemáticos complexos,
por exemplo, são distribuídas entre vários computadores. O BOINC funciona
basicamente com esse conceito.
Exemplo do
BOINC usando diversas máquinas para buscar vida inteligente no universo.
Em vez de
concentrar as tarefas em um supercomputador, que seria um “superpintor” na
analogia anterior, usa-se diversos computadores comuns que, somados, entregam
uma quantidade considerável de processamento. Em outras palavras, trata-se de computação
distribuída. Seria como renderizar um vídeo pesado usando diversas máquinas ao
mesmo tempo, cada uma responsável por um trecho de acordo com o comando da sua
máquina.
Essa é uma forma
intuitiva de enteder o que é uma botnet. Então por que elas são geralmente
representadas como algo ruim, associada a atos criminosos?
Neutralidade tecnológica
Assim como o
torrent, uma botnet é apenas uma tecnologia. Pode ter aplicações boas, como
vimos acima, ou de formas ilegais. É o caso, por exemplo, de botnets utilizadas
para executar ataques DDoS, envios de spams ou qualquer outra finalidade
semelhante. É semelhante ao que acontece com os torrents: há diversas
aplicações bacanas e trata-se de uma tecnologia robusta, mas muitos a associam
à pirataria.
A tecnologia
em si é neutra, mas pode se utilizada para tarefas maliciosas.
São casos
onde um nó – uma máquina dentro da rede – comumente nem sabe que faz parte de
uma botnet. E é exatamente por isso que é importante sempre manter a sua
máquina protegida, independentemente do sistema operacional. A tecnologia em si
é “amoral” e tem boas aplicações, mas também pode ser utilizada de formas
maliciosas.
Fontes: Techopedia, Kaspersky
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