Segundo a companhia
midiática Axios, ao contrário do que muitos imaginam, o constante crescimento
nas opções de entregas rápidas em compras na internet pode estar gerando
aumento na emissão de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera terrestre —
neutralizando ou negativando os benefícios que lojas online teriam no meio
ambiente em comparação com as físicas.
Nos Estados Unidos, o serviço de
entregas Prime Delivery da Amazon acelerou
de dois para um dia o tempo para entrega de produtos. Em sequência, o Walmart e a
Target apareceram com suas próprias opções de entregas “super-rápidas”.
Um relatório de
sustentabilidade da United Parcel Service of America (UPS) aponta que foram
emitidas 13,8 milhões de toneladas de CO2 na entrega de 5,1 bilhões de pacotes
em 2017, via transportes terrestre e aéreo.
A FedEx, outra grande
companhia de entrega, registrou emissão de 15,1 milhões de toneladas em 2017.
Já o Serviço Postal dos EUA foi responsável pela emissão de 4,3 milhões de
toneladas de dióxido de carbono, em 2016.
“O comércio eletrônico possibilita
benefícios para o meio ambiente, mas esses benefícios desaparecem à medida que
as entregas se tornam cada vez mais rápidas”, comenta o professor da
Universidade da Califórnia Davis, Miguel Jaller.
No Brasil, entregas de um dia para o
outro ainda não são comuns. Contudo, a tendência é de que serviços como o Prime
Delivery da Amazon cresçam e cheguem a mais países.
Além disso, serviços como Rappi, Uber Eats e iFood também
pesam nessa conta e já fazem parte da realidade brasileira.
Isso não significa que o consumidor
deva diminuir ou deixar de receber pedidos na comodidade de sua casa; afinal,
outra tendência no exterior mostra que as grandes companhias buscam
alternativas para entregas mais sustentáveis, como automóveis elétricos ou
híbridos e até mesmo o uso de drones poderá ajudar nessa causa.
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