A empresa
especializada em edição genética eGenesis está testando o transplante de órgãos
de porcos em macacos. O objetivo é que, futuramente, os órgãos de porcos
geneticamente modificados possam ser transplantados em seres humanos sem sofrer
rejeição pelo corpo.
De acordo
com informações da Technology
Review, os testes nos macacos estão acontecendo no Hospital Geral de
Massachusetts, em Boston. O líder dos experimentos, o cirurgião James Markmann,
diz que este é um passo necessário antes de tentar fazer os transplantes nos
seres humanos.
Os
experimentos utilizam porcos geneticamente editados com a tecnologia CRISPR,
que passam por mudanças para evitar a rejeição imediata do órgão pelo corpo
humano, para impedir coágulos e para neutralizar outros tipos de respostas
imunológicas.
(Fonte:
Pexels)
Não há
informações sobre quais órgãos estão sendo testados nem quais espécies de
macacos estão envolvidos nos experimentos. A tentativa de usar os órgãos dos
porcos em primatas não é, porém, inédita. Pesquisadores do Instituto Nacional
de Saúde dos Estados Unidos já conseguiram fazer com que corações de porcos
funcionassem no corpo de babuínos, por exemplo.
Apesar de
os cientistas já debaterem acerca da possibilidade de testarem o transplante em
humanos em breve, os resultados dos experimentos com macacos ainda não são
conclusivos. Apesar de alguns babuínos terem vivido por meses com órgãos dos
porcos, outros animais morreram rapidamente e os pesquisadores ainda não sabem
explicar o motivo. Por isso, há dúvidas sobre quão arriscado seria passar à
nova fase.
Além
disso, as agências reguladoras ainda não estabeleceram publicamente as
condições para testes em humanos. Por fim, existe também uma discussão sobre
quão modificados os porcos deveriam ser.
A
expectativa da eGenesis, com a utilização de transplante de órgãos de porcos, é
diminuir a fila de pessoas à espera de um. De acordo com dados da Associação
Brasileira de Transplante de Órgãos de 2018, o Brasil tem mais de 30 mil
pacientes aguardando por um transplante.
Fonte: Technology
Review
Nenhum comentário:
Postar um comentário