Não é de hoje que
astrônomos e cientistas têm demonstrado preocupações com projetos envolvendo
lançamentos de satélites como os realizados pela SpaceX.
Recentemente, a União Astronômica Internacional (IAU) divulgou um comunicado
expressando seus receios sobre as próximas constelações de satélites projetadas
por organizações privadas.
Uma constelação de
satélites é um grupo de satélites enviados ao espaço para trabalharem juntos na
órbita terrestre como se fossem uma grande rede. Segundo
a IAU, existem cerca de 200 satélites organizados desse modo atualmente. Já um
levantamento da UNOOSA apontou
que há algo em torno de 4,6 mil dispositivos na órbita terrestre e menos da
metade deles está realmente em operação.
Preocupação
A preocupação com lançamentos em
grupo também foi demonstrada pela American Astronomical Society (ASS), cujos
especialistas apontaram para a possibilidade de que esses aparelhos comecem a
interferir nas observações e pesquisas científicas do espaço. Segundo a ASS, é
preciso avaliar a situação antes que seja tarde demais.
Todos esses pontos servem de base
para os astrônomos exigirem que os satélites Starlink,
da SpaceX, sejam submetidos a uma regulamentação diferenciada. Vale lembrar que
a companhia de Elon Musk não é a única a ter projetos nesse sentido, mas é a
que tem atuado mais ativamente neles.
Um claro exemplo disso foram os
lançamentos do dia 23 de maio deste ano: a SpaceX conseguiu colocar na órbita
baixa da Terra 60
satélites Starlink e, de acordo com a empresa, isso é apenas o início. O
plano é chegar a cerca 800 e 1 mil satélites do mesmo modelo interconectados. E
tem mais: alguns estudos da companhia apontam que poderiam ser necessários até
12 mil dispositivos para que a constelação estivesse completa.
Outros exemplo de programas de
constelação de satélites apontados pela IAU são o Projeto Kuiper, da Amazon,
Globalstar, OneWeb e Iridium. Apesar
de reconhecer que companhias como a SpaceX têm
feito esforços significativos para minimizar possível aspectos negativos, a IAU
destaca que seria necessário ter uma espécie de marco regulatório o quanto
antes, tendo em vista a necessidade de mitigar os impactos e os problemas que
já estão começando a se desenhar devido a esse tipo de exploração científica.
Fontes: Slashgear/SpaceX
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