A Twitch está
entrando com um processo contra streamers anônimos que, no mês passado,
utilizaram a plataforma para transmitir pornografia e filmes violentos. A ação,
que foi investigada pela redação da Bloomberg,
está correndo nos Estados Unidos e tem como réu literalmente "100 Joões e
Joanas".
Os trolls aproveitaram da seção
de Artifact, o jogo de cartas de DotA 2, para divulgar e publicar os vídeos. As
transmissões continham, entre outras atrocidades, cenas do massacre que
aconteceu em março na Nova Zelândia.
A Twitch conseguiu remover o
conteúdo e banir os usuários responsáveis pela transmissão nas horas seguintes,
mas contas alternativas voltaram com o upload de vídeos em velocidade digna de
bots. Tudo isso forçou que todos os novos criadores da plataforma fossem
bloqueados temporariamente de fazer transmissões até que a empresa normalizasse
a situação.
O processo, que
corre no Distrito de São Francisco, nos Estados Unidos, está cobrando restituição
e danos morais pela ação dos trolls — isso se a plataforma descobrir a
identidade deles. "A segurança da comunidade do Twitch é a sua prioridade
máxima", cita a empresa na ação.
"A Twitch proíbe material
obsceno, bem como material retratando violência e ameaças. O seu Termo de
Serviço proíbe os usuários de criarem, carregarem ou transmitirem qualquer
conteúdo que seja ilegal, difamatório, obsceno, pornográfico, ofensivo,
ameaçador, abusivo ou censurável", detalha.
Nós levamos essas violações muito
a sério
"Nós levamos essas violações
muito a sério", revelou a empresa em uma declaração pública.
"Estamos buscando um ação judicial para identificar esses maus
atores e tomaremos as medidas apropriadas para proteger a nossa
comunidade", finaliza.
Dr DisRespect, um dos streamers
mais famosos do mundo, foi suspenso recentemente da Twitch depois de filmar um banheiro durante a E3 2019.
A ação, além de também ser proibida nos termos de serviço da plataforma,
configura uma infração no estado da Califórnia, onde acontece anualmente a
maior feira de games do mundo.
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