sábado, 27 de julho de 2019

Via Láctea ‘engordou’ após ‘canibalizar’ vizinha há 10 bilhões de anos


Como você deve saber, a Via Láctea está em rota de colisão com a galáxia de Andrômeda e é esperado que o choque ocorra dentro de alguns bilhões de anos. No entanto, essa não será a primeira vez que o nosso endereço no cosmos se envolve nesse tipo de “acidente”. No ano passado, um estudo revelou a existência de uma grande quantidade de estrelas que se movem com direção diferente à das demais estrelas que compõem a Via Láctea, o que só poderia ser explicado por uma trombada galáctica. Mas não se tinha ideia de quando isso teria acontecido.
(Fonte: Newsweek / Reprodução)

Comilona

De acordo com Jackson Ryan, do site C|Net, uma nova pesquisa revelou mais dados sobre essa colisão – e apontou que, no choque, a Via Láctea não só “canibalizou” a outra galáxia e “engordou” com o aporte que recebeu de estrelas, gases e poeira cósmica que “devorou” da coleguinha, como estabeleceu quando, mais ou menos, esse evento se deu.

O choque ocorreu entre a Via Láctea e uma galáxia menor, conhecida como Gaia-Enceladus, há cerca de 10 bilhões de anos, quando a nossa era apenas uma “criança”. Os astrônomos chegaram a esse período depois de analisar uma imensa quantidade de dados para determinar as idades das estrelas que formam a nossa vizinhança cósmica, especialmente das que se encontram no halo – isto é, na região que circunda a Via Láctea – e no disco galáctico, que é onde reside a maior parte das estruturas que formam seus espirais.
(Forbes / ESA / Hubble e NASA / Reprodução)

A datação também permitiu que os astrônomos estabelecessem que as duas galáxias – a nossa e a Gaia-Enceladus – estavam evoluindo em ritmos distintos, sendo que a Via Láctea estava amadurecendo mais depressa. Mas a colisão entre as duas fez com que a menor parasse de evoluir (obviamente), com que estrelas presentes na nossa fossem lançadas ao halo e que, com a incorporação da Gaia-Enceladus, houvesse uma maior disponibilidade de material para a formação de novas estrelas no nosso disco galáctico.

Conforme explicou Jackson, mais que apenas definir um período para a canibalização galáctica e engorda da Via Láctea, o estudo permitiu que os astrônomos obtivessem mais informações sobre como a nossa galáxia se formou e servirá de base para outras tantas pesquisas.


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