É difícil
encontrarmos um smartphone hoje que não precise ser recarregado pelo menos uma
vez ao dia. Você já se perguntou o custo disso na conta de luz? Temos um
spoiler: quase nada.
Fizemos os cálculos de quanto custa
anualmente carregar o celular todos os dias nas cidades mais populosas de cada
região do Brasil, levando em consideração as tarifas de luz locais atualizadas
até a data desta publicação*.
Baterias
A potência das baterias, ou seja, a
quantidade de energia necessária para proporcionar uma carga completa nos
telefones, é resultado da multiplicação da sua voltagem pela sua corrente.
A voltagem depende do tipo de bateria
com que o telefone é equipado; para as contas, foram utilizadas as voltagens
mais altas de cada um dos modelos. As baterias de Li-Ion, que têm o
lítio como principal componente, são comumente utilizadas em celulares Motorola, ASUSe Apple por
serem mais leves: a voltagem delas fica entre 3,0 V e 3,5 V.
Já as baterias Li-po, que usam
compostos químicos conhecidos como polímeros, são encontradas com mais frequência
nas marcas chinesas, como Huawei e Xiaomi, e em
telefones Samsung e LG. O diferencial
das baterias Li-po é que elas são ainda mais leves e conseguem armazenar mais
energia em menos espaço: sua voltagem fica entre 3,7 V e 4,2 V.
Por outro lado, as correntes
presentes nas baterias apresentam muitas variações, a maioria delas entre 2.000
mAh e 5.000 mAh, por isso essas foram as faixas utilizadas nos cálculos.
Como não existe um padrão de voltagem
e corrente nos modelos de smartphone que estão no mercado hoje, as contas de
quanto custa carregar o celular foram feitas considerando os dois tipos de
bateria descritos para cada uma das quatro faixas de corrente.
Impacto
na conta de luz
Depois de descoberta a potência do
smartphone (P=I*V) em Watts, é preciso multiplicá-la pela tarifa de luz vigente
na sua cidade, considerando os impostos. No Brasil, é impossível determinar uma
média de gasto com carregamento do celular porque cada cidade tem tarifas,
bandeiras e impostos distintos.
Por isso, selecionamos as cinco
cidades mais populosas de cada região do País de acordo com o censo do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE): Curitiba na Região Sul; São Paulo
na Sudeste; Salvador na Nordeste; Manaus na Norte; e Brasília na Centro-Oeste.
Os valores das tarifas foram divididos
por mil para igualar a unidade de medida em Watt-hora. Os montantes têm como
fonte as últimas atualizações tarifárias presentes nas páginas das
distribuidoras de luz de cada região**, já contabilizando os impostos vigentes
na oportunidade.
O resultado foi o seguinte:
(Fonte:
TecMundo/Silmara Slobodzian)
Manaus é a cidade onde mais se gasta
para carregar o celular
A cidade mais cara para carregar o
smartphone durante 1 ano é Manaus: as baterias Li-Po com corrente próxima a
5.000 mAh, que necessitam de mais energia para uma carga completa, geram gastos
anuais de cerca de R$ 7,21.
Por outro, São Paulo é o município
mais barato para se carregar o celular, de acordo com as tarifas descritas no
site da operadora***. O consumidor gasta no máximo R$ 3,91 para completar a
carga do telefone diariamente durante 1 ano se considerarmos uma bateria Li-po
de 5.000 mAh.
A diferença entre o valor mais alto e
o mais baixo é de R$ 3,30, o que corresponde ao preço anual de carregar uma
bateria Li-Ion de 5.000 mAh em São Paulo, por exemplo. Os preços dependem muito
da tarifa e bandeira vigentes nas cidades e estas mudam constantemente, por
isso podemos considerar os resultados como uma média atual que precisa ser
atualizada a cada subida da conta de luz.
Se você ficou
interessado em fazer o cálculo para a sua cidade, a fórmula é:
P = I * V (sendo que a corrente (I)
vem especificada no celular e deve ser dividida por mil para igualar a medida,
e a voltagem (V) depende do tipo de bateria, como explicamos anteriormente).
Depois basta dividir a taxa tarifária
do seu município por mil e multiplicar por P. Assim se obtém o valor diário
para uma carga; então é só multiplicar por 365.
Fique atento
Os valores englobam diferentes
variáveis, para ter certeza de quanto está gastando, portanto, preste atenção
nos componentes da equação, nas unidades de medida e na tarifa de luz — esse
pode ser o maior desafio, uma vez que a informação do valor das taxas muitas
vezes não é clara.
Na lista de preocupações com a
bateria do celular, o custo já pode ser riscado.
***
*Mudanças nas bandeiras e reajustes podem alterar os valores
descritos.
**São Paulo (AESeletropaulo/Enel);
Brasília (CEB);
Salvador (Coelba);
Manaus (AmE);
Curitiba (Copel).
*** Entramos em contato com a Enel para confirmar o
valor atualizado da tarifa e a assessoria de imprensa informou que deveria ser
considerado o valor descrito no site, porém, dependendo do aumento de impostos
e mudança da bandeira, este pode mudar consideravelmente.
Fonte: TecMundo
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