terça-feira, 23 de julho de 2019

“Duende Verde francês” vai atravessar o Canal da Mancha com sua Flyboard


O ex-campeão de jet ski e reservista militar francês Franky Zapata quer voar em sua prancha voadora pelo Canal da Mancha, indo da França para a Inglaterra, nesta quinta-feira (25). A ideia é celebrar o 110º aniversário do primeiro voo de avião que cruzou o canal, realizado por Louis Blériot e reconhecido como um marco para o desenvolvimento da tecnologia aeroespacial.

O homem de 40 anos se tornou conhecido como “soldado voador” ou até mesmo “Duende Verde francês” após a invenção de uma prancha movida a jato. No dia 14 de julho, em comemoração ao tradicional feriado francês do Dia da Queda da Bastilha, Zapata fez uma demonstração de seu Flyboard sobrevoando a avenida Champs-Élysées carregando um fuzil.


Fier de notre armée, moderne et innovante.

28,7 mil pessoas estão falando sobre isso


Na próxima oportunidade, o ex-campeão espera fazer o percurso entre os dois países em 20 minutos, reabastecendo na metade e alcançando velocidades de até 140 km/h. Em entrevista ao jornal francês Le Parisien, Zapata afirmou que, apesar de ser a realização de um sonho, esta demonstração será mais difícil que a anterior. “No Dia da Bastilha, eu usei 3% dos recursos da máquina e precisarei de 99% para o canal. Não será fácil e acho que tenho 30% de chance de sucesso”, explicou.

Zapata recebeu um subsídio de 1,3 milhão de euros do governo francês em dezembro de 2018 para o desenvolvimento do equipamento. Ele é alimentado por cinco mini motores turbo e pode funcionar de forma autônoma por cerca de 10 minutos e atingir velocidades de até 190 km/h.

Equipamento militar?

O Flyboard já foi cogitado como um equipamento para uso do exército, como uma ferramenta para o patrulhamento terrestre de rotina ou em situações de combate. Mas a possibilidade esbarra no custo e na viabilidade: cada unidade custaria US$ 250 mil, o equivalente a mais de R$ 900 mil.

Além disso, o equipamento consome uma grande quantidade de energia e demanda grande controle do piloto, além de levantar dúvidas sobre a segurança de se colocar um motor a jato pendurado nas costas de uma pessoa.

Fonte: The Guardian

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