sábado, 6 de julho de 2019

Estas são as 12 tecnologias selecionadas pela NASA para futura missão à Lua


Já faz algum tempo que se fala sobre retomar as missões tripuladas à Lua. Com as negociações se intensificando e com os planos de enviar astronautas ao satélite até o ano de 2024 e de se estabelecer uma colônia até 2028, a NASA decidiu se mexer: apresentou uma seleção de tecnologias e dispositivos que devem ser despachados antes dos humanos.

Afinal, a Lua ainda não se tornou um destino turístico, e nenhuma agência governamental investiria bilhões de dólares para enviar pessoas até lá a passeio. Há muito trabalho a ser feito e, ademais de avançar com a exploração da Lua, um dos objetivos de mandar uma missão ao satélite é preparar os humanos para uma viagem a Marte. 

(Fonte: NASA/Reprodução)

Missão lunar

De acordo com a NASA, os projetos selecionados serão transportados por módulos comerciais, o que permitirá o corte de custos e mais agilidade na contratação e no lançamento das cargas. Além disso, muitos deles contarão com instrumentos que já foram desenvolvidos e usados pela agência espacial em outras missões.

No total, 12 projetos foram escolhidos – seja para a realização de testes ou experimentos –, e a ideia é conquistar avanços científicos e progredir com a exploração e o possível desenvolvimento comercial da Lua. A seguir você pode conferir quais são eles:

MoonRanger: consiste em um explorador pequeno e ágil capaz de se distanciar do módulo de aterragem, além do alcance dos dispositivos de comunicação, o que significa que o MoonRanger poderá conduzir explorações em uma área mais ampla – inovação essencial para a sua missão, que será mapear os terrenos por onde passar.

Heimdall: se trata de um sistema de câmeras – composto por 1 grande ocular, 1 de ângulo mais fechado e 2 para captura de panorâmicas – conectado a um gravador de vídeo digital que terá como objetivo registrar informações sobre a superfície lunar, caracterizar e mapear suas feições geológicas e identificar, por exemplo, locais que ofereçam possíveis riscos para pouso ou tráfego de veículos.
 (Fonte: Wikimedia Commons/NASA/SAIC/Pat Rawlings)

Sistema de computador reconfigurável e tolerante à radiação: como a Lua é desprovida de atmosfera e campo magnético, os eletrônicos enviados até lá sofrem com a exposição à radiação e, portanto, a NASA pretende realizar testes para o desenvolvimento de novos equipamentos e aproveitar para estudar os efeitos da radiação na superfície do satélite.

RAC: a sigla – de Regolith Adherence Characterization – se refere a um dispositivo que deve determinar como o regolito lunar, ou seja, o material que recobre a superfície da Lua, se adere a uma variedade de materiais que ficam expostos ao ambiente do satélite, especialmente nas diferentes fases de voo dos módulos espaciais.

Lunar Magnetotelluric Sounder: este dispositivo, equipado com um magnetômetro, terá como missão caracterizar a estrutura e a composição do manto lunar através do estudo de seus campos magnético e elétrico. 

(Fonte: Wikimedia Commons/NASA/Dennis M. Davidson) 

LuSEE: o experimento – cuja sigla vem de Lunar Surface Electromagnetics Experiment – terá como foco o estudo de fenômenos eletromagnéticos que ocorrem na superfície da Lua.

LEXI: sigla de Lunar Environment Heliospheric X-ray Imager, o LEXI será usado para registrar lá da Lua imagens da interação da magnetosfera terrestre com o fluxo de partículas carregadas ejetadas pelo Sol.

NGLR: sigla de Next Generation Lunar Retroreflectors, como o próprio nome sugere, é um conjunto de retrorrefletores que serão instalados na superfície da Lua para rebater feixes de laser que serão emitidos em sua direção para que a distância entre o satélite e o nosso planeta seja medida com precisão. O projeto também servirá para que outros aspectos sobre a composição lunar possam ser estudados.

L-CIRiS: este experimento – cujo nome oficial é Lunar Compact InfraRed Imaging System – consistirá em enviar um radiômetro (dispositivo que mede as diferentes frequências da luz no espectro do infravermelho) até a Lua para explorar a composição de sua superfície, assim como para mapear a distribuição da temperatura no satélite e testar a utilidade desse equipamento em missões futuras. 

(Fonte: Wikimedia Commons/NASA)

LISTER: sigla de Lunar Instrumentation for Subsurface Thermal Exploration with Rapidity, o LISTER consiste em um instrumento projetado realizar perfurações na superfície da Lua (de 2 a 3 metros de profundidade) para medir o fluxo de calor vindo do interior do satélite e investigar as propriedades térmicas em diferentes profundidades.

PlanetVac: esse dispositivo foi desenvolvido para a coleta de amostras para envio à Terra ou para transferir o material colhido a outro instrumento para a realização de análises na Lua mesmo.

SAMPLR: falando em amostras, o SAMPLR (sigla de Sample Acquisition, Morphology Filtering, and Probing of Lunar Regolith) também faz parte dos projetos aprovados pela NASA e consiste em uma tecnologia que fará uso de um braço robótico – semelhante aos presentes em exploradores como o Opportunity e Spirit, de missões a Marte – para coleta de material na Lua.


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