O Telegram ganhou
notoriedade com os ataques
aos celulares do Ministro da Justiça Sérgio Moro e outras autoridades.
De acordo com a Polícia Federal, o acesso às contas invadidas se deu por meio
de uma falha
na rede das operadoras de telefonia. Para evitar que isso se repita, o
Telegram afirmou, pelo Twitter,
que não irá mais disponibilizar o código de acesso de uma conta por ligação
caso o usuário não tenha ativada a verificação em duas etapas.
Assim, golpes
no estilo do que foi aplicado ao ministro serão dificultados. Isso
porque a verificação em duas etapas cria mais uma camada de segurança no
aplicativo. Assim, apenas com informações de login os invasores não
conseguiriam ter acesso uma conta do Telegram.
O anúncio feito pelo Twitter se deu
em uma resposta ao jornalista Pedro Doria. Ele twittou dizendo a Moro que a
autenticação por dois fatores poderia ter evitado a invasão. O Telegram então
aproveitou o espaço para anunciar a mudança.
Correto. E não se preocupe se as operadoras de telefonia demorarem muito para consertar as vulnerabilidades no sistema de caixa postal delas – agora, só permitimos o recebimento de códigos por chamada se você tiver ativado a verificação em duas etapas.
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Entenda
o ataque e o que muda
Os hackers presos no último dia 23 teriam
conseguido o acesso à conta de Moro por meio do ataque a sua caixa postal. De
forma reduzida: eles tentaram entrar no modo Web do Telegram do ministro e
pediram o envio do código de acesso por ligação, logo depois começaram a fazer
chamadas via VOIP para o celular de Moro a fim de que o código caísse na caixa
postal. Após isso, invadiram a caixa postal por meio de uma vulnerabilidade da
operadora e conseguiram o código para acessar a conta.
Se o ministro usasse a verificação em
duas etapas, apenas essa informação não seria suficiente para invadir o perfil.
A empresa, portanto, institui essa regra para dificultar o acesso a contas por
esse caminho enquanto as operadoras não resolvem o seu problema de
vulnerabilidade.
Fonte: Twitter
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