Gamers
seriam as presas mais fáceis para cibercriminosos, de
acordo com a empresa de cibersegurança Enzoic. Jogadores de games como
Fortnite, Minecraft e RuneScape são os principais alvos de golpes que miram
credenciais, como logins e senhas.
Segundo o
CTO da Enzoic, Mike Wilson, “as credenciais de um garoto de 14 anos são mais
valiosas do que imaginamos”. Wilson afirmou, ao Threatpost e
ainda citando um relatório da Akamai, que um cibercriminoso ganharia até US$ 40
por uma única credencial, por exemplo.
O roubo de
credenciais totalizou 12 bilhões de ataques aos gamers desde novembro de 2017
e, entre esse número, os gamers são a indústria mais atacada. Isso acontece
porque os logins desta área são os mais fáceis de pegar: jogadores não costumam
pensar muito em cibersegurança no geral, cita o relatório, utilizando a mesma
senha para diversos serviços, por exemplo.
A galera
usa muito a mesma senha para vários serviços
Wilson
ainda nota que as próprias empresas de games não oferecem plataformas
completamente seguras, e que os fóruns e sites com logins também não contribuem
muito para a cibersegurança.
O CTO
também lembra que a maioria das comunidades gamers foram desenvolvidas em
plataformas como vBulletin, IPBoard, MyBB, PHPBB e Pun BB. Estas plataformas,
de acordo com o especialista, são facilmente invadidas por ataques de injeção de SQL;
isso acontece porque “esses sites rodam com software desatualizados e possuem
uma péssima manutenção”, adiciona.
- Entre os últimos
fóruns comprometidos, que vazaram 11,4 milhões de credenciais,
estão o ArmorGames, SurviveTheArk e HBGames
“Atualmente,
as empresas de jogos usam medidas de autenticação de baixo atrito porque o
aumento do atrito leva ao atrito com o cliente e diminui a receita”, disse
Wilson. "Surpreende-me saber que os sites de jogos fazem um cálculo em que
sabem que as credenciais de seus usuários estão comprometidas, mas ainda assim
não precisam de uma redefinição de senha. O cálculo é, se eles dificultam que
as pessoas façam login em suas contas, elas não farão isso. E isso não é bom
para os negócios deles”.
Fonte: Threatpost
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