A Lyft, rival da
Uber nos Estados Unidos, já está oferecendo viagens especializadas para pessoas
com deficiência visual total ou parcial em carros autônomos. No início
deste mês, a companhia aproveitou a parceria com a Aptiv, empresa que
desenvolve tecnologias sustentáveis, para demonstrar como pretende atender a
esse público, que exige recursos e ferramentas diferenciadas, garantindo
viagens mais confortáveis. Os testes de demonstração foram feitos durante a
Nationwide Federation of the Blind, em Las Vegas.
O projeto consiste no fornecimento e
na instalação de mapas táteis em papel para os usuários deficientes visuais em
cada viagem realizada, para que eles possam acompanhar em braile todas as
funcionalidades de um veículo autônomo, além de terem mais segurança sobre o
percurso realizado e o que está ocorrendo.
Mapas táteis
Os mapas táteis não são uma novidade
no transporte urbano, mas o fato de serem usados em carros autônomos, sim. Essa
ferramenta permitirá futuramente que os usuários escolham melhor as rotas,
saibam a distância entre um ponto e outro e tenham uma ideia sobre o trajeto
que está sendo percorrido.
Os mapas e diagramas foram produzidos
pelos grupos sem fins lucrativos Lighthouse for the Blind e Visually Impaired.
Vale lembrar que essa não é a
primeira vez que a Lyft busca ampliar a acessibilidade do seu serviço de
transporte urbano para deficientes visuais. Antes desse projeto — que está em
testes desde o ano passado —, a empresa já havia se unido à Federação Nacional
de Cegos dos EUA para tornar o seu aplicativo mais acessível para
esse público.
Perspectivas futuras
Nos EUA, existe um movimento muito
forte que visa à incorporação da acessibilidade no design de carros autônomos.
Algumas decisões já estão bem encaminhadas nesse sentido, enquanto outras
esbarram na legislação. Mas o que se espera é que, em um futuro próximo e
à medida que os carros autônomos sejam cada vez mais comuns, interfaces não
visuais e em tempo real, entre outros recursos, sejam agregadas para que os
cegos possam aumentar o nível de interação com o veículo.
Fonte: Mashable
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