domingo, 21 de julho de 2019

Lyft adapta carros autônomos para oferecer viagens para cegos nos EUA


A Lyft, rival da Uber nos Estados Unidos, já está oferecendo viagens especializadas para pessoas com deficiência visual total ou parcial em carros autônomos. No início deste mês, a companhia aproveitou a parceria com a Aptiv, empresa que desenvolve tecnologias sustentáveis, para demonstrar como pretende atender a esse público, que exige recursos e ferramentas diferenciadas, garantindo viagens mais confortáveis. Os testes de demonstração foram feitos durante a Nationwide Federation of the Blind, em Las Vegas.

O projeto consiste no fornecimento e na instalação de mapas táteis em papel para os usuários deficientes visuais em cada viagem realizada, para que eles possam acompanhar em braile todas as funcionalidades de um veículo autônomo, além de terem mais segurança sobre o percurso realizado e o que está ocorrendo.


Mapas táteis


Os mapas táteis não são uma novidade no transporte urbano, mas o fato de serem usados em carros autônomos, sim. Essa ferramenta permitirá futuramente que os usuários escolham melhor as rotas, saibam a distância entre um ponto e outro e tenham uma ideia sobre o trajeto que está sendo percorrido.

Os mapas e diagramas foram produzidos pelos grupos sem fins lucrativos Lighthouse for the Blind e Visually Impaired.

Vale lembrar que essa não é a primeira vez que a Lyft busca ampliar a acessibilidade do seu serviço de transporte urbano para deficientes visuais. Antes desse projeto — que está em testes desde o ano passado —, a empresa já havia se unido à Federação Nacional de Cegos dos EUA para tornar o seu aplicativo mais acessível para esse público.


Perspectivas futuras


Nos EUA, existe um movimento muito forte que visa à incorporação da acessibilidade no design de carros autônomos. Algumas decisões já estão bem encaminhadas nesse sentido, enquanto outras esbarram na legislação. Mas o que se espera é que, em um futuro próximo e à medida que os carros autônomos sejam cada vez mais comuns, interfaces não visuais e em tempo real, entre outros recursos, sejam agregadas para que os cegos possam aumentar o nível de interação com o veículo.

Fonte: Mashable

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