Por João Ramiro Antunes
A adaptação Live Action mais
aguardada da Disney está nos cinemas, e agora depois de finalmente assistí-lo,
confesso que não estava preparado pra o que vi. O Rei Leão de 1994 dirigido por
Roger Allers e Rob Minkoff, é um longa-metragem animado que encantou o mundo,
tornando suas canções icônicas, sucesso de público e crítica, fixando-a como umas
das animações feitas à mão mais rentáveis da história, além de conquistar vários
prêmios, dentre eles dois óscars e um Globo de Ouro.
Apesar de ter marcado uma
geração inteira quando lançado, infelizmente não fez parte da minha
infância, pois na época meu único contato foi com o vídeo clipe: "Can you
feel the love tonight" do Elton John, que vi inúmeras vezes na TV, que eu
amava. A primeira vez que vi a animação, já estava bem crescidinho, mesmo assim
tenho um carinho enorme, quase que como se tivesse visto quando criança. Dito
isso, vamos falar sobre o filme de 2019 e da versão dublada, que foi a que
assisti.
Simba é um jovem leão, que sente-se culpado pelo assassinato de seu
pai, o rei Mufasa, e foge do seu reino, sem saber que a morte foi orquestrada por
seu tio Scar para tomar o poder. Agora o leãozinho precisa descobrir como
crescer e retomar seu destino real nas planícies da savana africana.
Lembro
que em 2016, ao terminar de assistir a versão Live Action de Mogli: O menino
Lobo do John Favreau, imaginar: "Caramba, já pensou um filme do Rei Leão
assim?".
E não é que eles me ouviram, e até mesmo na direção. Favreau era mais que perfeito para o projeto, e isso tá exposto na tela, dirigindo com maestria, pois tanto o filme original quanto o Live Action contam a mesma história, e chega a ser absurda de tão igual, só que com mais tempo de duração, não como uma versão estendida, mas com algumas "emendas" na trama, deixando-a mais amarradinha, sem alterar a história já contada.
E não é que eles me ouviram, e até mesmo na direção. Favreau era mais que perfeito para o projeto, e isso tá exposto na tela, dirigindo com maestria, pois tanto o filme original quanto o Live Action contam a mesma história, e chega a ser absurda de tão igual, só que com mais tempo de duração, não como uma versão estendida, mas com algumas "emendas" na trama, deixando-a mais amarradinha, sem alterar a história já contada.
Tudo está
lá nessa nova versão, a magia, os personagens, a trilha sonora inquestionável do
Han Zimmer que retorna, e as músicas que pra mim, ficaram perfeitamente refeitas
e adaptadas de forma coerente com o propósito estabelecido desde o início, o de
ser realista.
A promessa de filme com atores
reais, ou nesse caso "animais reais", é cumprida de forma arrebatadora,
esses caras conseguiram literalmente fazer animais falarem e cantarem sem
perder o realismo em momento algum.
A falta de expressividade facial pra demonstrar sentimentos
foram substituídos pelo extraordinário trabalho dos artistas gráficos na
recriação dos movimentos desses bichos e como se comportam, nunca nos deixando
perdidos na hora de sabermos o que estão sentindo com perfeição, mesmo
sutilmente, pois ao contrário teríamos algo como Mogli: Entre dois Mundos da
Netflix, em que os animais causavam um desconforto pela junção híbrida, de bichos
com expressões humanas, fora o fato que iria fracassar no quesito de realismo, algo
que quando comprado, torna tudo mais satisfatório.
Desde o início fica claro pra
nós, todo o cuidado e capricho que a Disney teve com essa obra tão amada, apenas
retocando o que foi feito, deixando explicito à todo momento sua intenção de que
não queria fazer algo melhor, e sim, nos oferecer o privilégio de revê-la sobre
outra ótica.
Além de frases, cenas inteiras e enquadramentos idênticos aos da
animação, ainda nos presenteia com as canções clássicas refeitas, como a da
abertura: "O ciclo sem fim", que me pegou de jeito, pois possui o
arranjo e os vocais bem parecidos em ambos os formatos, no geral também com as
outras, mesmo com pequenas adaptações me agradaram bastante.
Já partindo para a dublagem brasileira, tenho
algumas ressalvas, mas gostei do Saulo Javam fazendo o Mufasa, acho que ele tem um
pouco do grave que o personagem precisava, assim como a dublagem do Rodrigo Miallaret, que casou muito bem com o Scar dessa versão, menos pomposo e mais ameaçador, o de Zazu ficou bom, gostei do Timão do Ivan Parente que até tem o
timbre de voz parecido com o do saudoso Pedro Lopes.
Na hora de cantarem até mandam bem, mas
quando estão falando é bem ruim. O Ícaro está visivelmente lendo o texto sem
conseguir emular emoção alguma, e a Iza faz basicamente o mesmo, mas consegue
piorar com seu sotaque carioca. O Rei Leão Live Action, é tão bom quanto a
animação, tem visual arrebatador,com um trabalho em CGI fotorrealista
espantoso, que com certeza levará o Óscar de melhores efeitos especiais desse
ano, é a mais fiel adaptação live action da Disney, respeita e honra o material
original como nenhum outro e é um excelente filme!
Assista o Trailer:
Ficha técnica
completa
Título
|
The Lion King (Original)
|
Ano produção
|
2019
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Dirigido por
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Estreia
|
18 de Julho de 2019 ( Brasil )
Outras datas |
Duração
|
118 minutos
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Classificação
|
10 - Não recomendado para
menores de 10 anos
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Gênero
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Países de Origem
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