Um cão israelense
chamado Tai está aprendendo novos truques por meio de um colete vibratório,
cujo sistema foi desenvolvido pela Universidade Ben-Gurion (BGU) e consiste em
comandos enviados por meio de um controle remoto.
A princípio, Tai, um mestiço de
labrador e pastor alemão de seis anos de idade, foi criado com a
finalidade de ser um cão-guia, ou seja: prestar assistência a deficientes
visuais. Entretanto, o plano foi por água abaixo, já que ele era distraído
facilmente. Com a invenção do colete vibratório, Tai exerce plena concentração,
respondendo melhor aos comandos de vibração do que aos comandos vocais.
O sistema desenvolvido pela
universidade israelense pode apresentar muita relevância para situações em
que o cão não se encontra no campo de visão do dono, como os cães militares ou
os cães que participam de missões de busca e resgate. Por sua vez, esse estilo
de comando não dispensa a possibilidade de pessoas com deficiência poderem se
comunicar com um cão de assistência.
Como funciona?
O colete
canino sofreu algumas modificações para o funcionamento dos comandos (Foto:
Jonathan Atari)
O colete
canino conta com quatro pequenos motores vibratórios, que foram posicionados
sobre as costas e nas laterais; assim, o cão passa a ser treinado para ter
reações às diferentes vibrações que são enviadas através do controle remoto.
Por enquanto, Tai aprendeu a responder a alguns comandos simples como girar,
deitar, recuar ou até mesmo voltar para o dono (ou quem estiver manuseando o
controle remoto, no caso).
"Nossos
resultados de pesquisa mostraram que os cães responderam a essas sugestões
vibrotáteis até melhor do que comandos vocais", afirma o professor
Amir Shapiro, diretor do laboratório de robótica do departamento de engenharia
mecânica da Universidade Ben-Gurion. "Nosso atual estudo mostra resultados
promissores, que abrem o caminho para o uso de háptica para a comunicação
canina-humana", Shapiro completa.
Háptica é a
tecnologia que usa o toque para controlar e interagir com os computadores. Vale
ressaltar que o trabalho da Universidade Ben-Gurion chegou a ser apresentado na
World Haptics Conference, realizada no Japão, no início de julho. A próxima
proposta do projeto é experimentar os comandos em diferentes raças e idades de
cães para ver as reações e fazer alterações para que o colete fique mais
sofisticado.
Fonte: BBC
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