A divisão
mobile da Sony já vinha dando indícios de
uma possível debandada definitiva do Brasil e agora parece que isso deve realmente se
concretizar. A gigante japonesa desistiu de vender smartphones Xperia no mercado nacional após a
apresentação de seus resultados financeiros do primeiro trimestre, nesta
sexta-feira (26). Seu mais recente relatório financeiro confirma a debandada “de várias regiões,
como o Oriente Médio, América Central e América do Sul”.
"Página
da Sony Mobile sequer está no Facebook"
O último aparelho que apareceu
nas prateleiras tupiniquins foi o Xperia XZ2, no começo do ano passado e
desde 2016 os dispositivos vinha sendo importados, já que a montagem de
celulares por aqui foi interrompida nessa época devido ao fim dos incentivos
fiscais do governo.
Desde o final
de março, seu site brasileiro sequer conta com informações sobre smartphones e
a página nacional da Sony Mobile no Facebook foi deletada.
Entramos em
contato com a assessoria que atendia a Sony no Brasil e a orientação foi para
falar com o vice-presidente de marketing da Sony Mobile na América do Norte, em
São Francisco — e isso já é um grande indício de que mudanças estão mesmo
acontecendo.
Aguardamos as
respostas para a confirmação e atualizamos o material assim que elas chegarem
por aqui.
Resultados
financeiros preveem queda de receita
A Sony vem de
dois anos de lucros recordes, especialmente por conta dos negócios de
semicondutores, que deve trazer para o ano fiscal de março de 2020 algo em
torno de US$ 1,3 bilhão — os sensores de imagem da companhia estão em vários
fabricantes de smartphones, a exemplo da Apple.
A projeção para
esse período na próxima temporada é de queda de 9,4% e abaixo da previsão média
de US$ 7,49 bilhões, com US$ 7,25 bilhões. A divisão de games deve sofrer com
vendas 10% mais baixas do PlayStation 4, que está no final de seu ciclo. Além
disso, serão necessários investimentos no setor para o desenvolvimento do
sucessor.
Já a linha
Xperia amargou em 2018 um prejuízo de US$ 869 milhões, valor muito mais alto do
que o registrado em 2017, que foi de US$ 247,3 milhões.
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