Depois de mais
de dois anos brigando nos tribunais, a Apple encerrou na semana
passada seu entrevero com a Qualcomm e
até assinou um acordo de suprimento de componentes sem fio para os próximos
seis anos — tudo para não deixar de oferecer iPhones 5G na
próxima temporada.
Agora, contudo, surgem informações sobre as
“táticas de guerra” usadas pela Maçã para tentar minar a fabricante dos
processadores Snapdragon.
"Advogado da Qualcomm disse,
na abertura da defesa na semana passada, que a Apple vinha conspirando há mais
de dois anos"
Um texto de
setembro de 2014, com a denominação "QCOM - Cenários do futuro",
detalhava como a empresa poderia exercer pressão comercial sobre a Qualcomm,
inclusive trabalhando com a Intel em modems 4G para o iPhone. Uma segunda
página, intitulada "QCM - Opções e recomendações (2/2)", revelou que
a Apple considerou "benéfico esperar para provocar uma briga de patentes
até depois do final de 2016", quando seus contratos com a montadora de
chips expirariam.
"Eles estavam conspirando
por dois anos. Tudo foi planejado com antecedência. Cada pedacinho disso",
disse o advogado da Qualcomm, Evan Chesler, da firma Cravath, Swaine &
Moore, durante seus argumentos iniciais na semana passada.
Fonte:
CNet
Outro memorando
interno da Maçã, de junho de 2016, disse que era preciso "aumentar a
pressão de três maneiras" — sem muitos detalhes sobre esses planos. O
texto complementa que seria necessário "prejudicar financeiramente a
Qualcomm" e "colocar em risco o modelo de negócios da Qualcomm".
Fonte:
CNet
Os documentos
foram flagrados por vários repórteres e está disponível por completo neste link. Tudo foi revelado nos momentos iniciais da
argumentação da Qualcomm contra a Apple.
Como a Maçã
encerrou a briga pagando uma quantia não revelada e costurando um novo
contrato, então ela não se deu ao trabalho de responder. Por enquanto, a
Gigante de Cupertino não falou sobre essas informações vindo à tona neste
momento em que a paz está, aparentemente, selada.
Fonte: CNET
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