sábado, 27 de abril de 2019

Amazon agora exige selfies para liberar entregas de motoristas



A fim de evitar fraudes em seu serviço de entregas em domicílio, a Amazon passou a exigir que os motoristas enviem uma selfie para serem liberados para o serviço, o que será feito através do app Amazon Flex. A medida foi adotada apenas para os motoristas Flex, que trabalham como contratados independentes, em horários flexíveis, recebem de US$ 18 a US$ 25 por hora e usam seus próprios veículos para realizar as entregas. A exigência também só englobará os motoristas cadastrados a partir do dia 14 de novembro de 2018.

A empresa vai usar o reconhecimento facial para verificar a identidade dos motoristas e impedir que eles compartilhem suas contas Flex com pessoas não autorizadas, ou mesmo no caso de alguém tentar se passar por um entregador da Amazon para realizar assaltos aos clientes.


Fonte: Amazon

Ao aceitar um pedido de entrega, a foto do motorista é enviada para o cliente, que poderá comparar com a pessoa que chegará ao local. Posteriormente, a Amazon pretende começar a solicitar dados biométricos dos motoristas, para utilizá-los em conjunto com o reconhecimento facial. Vale lembrar que a companhia recomenda fortemente que os motoristas não tirem as selfies enquanto dirigem.

Apesar do recurso ser uma camada a mais de segurança, a crítica fica por conta do reconhecimento facial, aparentemente, não ser tão eficiente quanto se supõe.

Em 2016, a Uber já tinha feito algo parecido para liberar seus motoristas para as corridas. No entanto, alguns contratados transgêneros relataram que suas contas foram suspensas após suas fotos não serem reconhecidas, provavelmente pelo fato de seus rostos terem mudado durante a transição da mudança de sexo.

Esta discussão sobre a implementação do reconhecimento facial em larga escala, por órgãos ligados ao governo federal, tem agitado a sociedade americana. A própria Amazon deve decidir, no dia 22 de maio, se vai comercializar sua tecnologia de reconhecimento facial, a Rekognition, para agências ligadas ao governo. Caso os acionistas votem pela comercialização, é quase certo que a empresa enfrente protestos de grupos que representam minorias em todo o país.


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