A fim de evitar fraudes em
seu serviço de entregas em domicílio, a Amazon passou
a exigir que os motoristas enviem uma selfie para serem liberados para o
serviço, o que será feito através do app Amazon Flex. A medida foi adotada
apenas para os motoristas Flex, que trabalham como contratados independentes,
em horários flexíveis, recebem de US$ 18 a US$ 25 por hora e usam seus próprios
veículos para realizar as entregas. A exigência também só englobará os
motoristas cadastrados a partir do dia 14 de novembro de 2018.
A empresa vai
usar o reconhecimento facial para verificar a identidade dos motoristas e
impedir que eles compartilhem suas contas Flex com pessoas não autorizadas, ou
mesmo no caso de alguém tentar se passar por um entregador da Amazon para
realizar assaltos aos clientes.
Fonte: Amazon
Ao aceitar um pedido de
entrega, a foto do motorista é enviada para o cliente, que poderá comparar com
a pessoa que chegará ao local. Posteriormente,
a Amazon pretende começar a solicitar dados biométricos dos motoristas, para
utilizá-los em conjunto com o reconhecimento facial. Vale lembrar que a companhia recomenda
fortemente que os motoristas não tirem as selfies enquanto dirigem.
Apesar do recurso ser uma
camada a mais de segurança, a crítica fica por conta do reconhecimento facial,
aparentemente, não ser tão eficiente quanto se supõe.
Em 2016, a Uber já
tinha feito algo parecido para liberar seus motoristas para as corridas. No
entanto, alguns contratados transgêneros relataram que suas contas foram
suspensas após suas fotos não serem reconhecidas, provavelmente pelo fato de
seus rostos terem mudado durante a transição da mudança de sexo.
Esta discussão sobre a
implementação do reconhecimento facial em larga escala, por órgãos ligados ao
governo federal, tem agitado a sociedade americana. A própria Amazon deve
decidir, no dia 22 de maio, se vai comercializar sua tecnologia de
reconhecimento facial, a Rekognition, para agências ligadas ao governo.
Caso os acionistas votem pela comercialização, é quase certo que a empresa
enfrente protestos de grupos que representam minorias em todo o país.
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