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dados com terceiros já tem sido um problema recorrente com o Facebook e
a Google e
agora uma denúncia da Associação Médica Americana (AMA) mostra que utilitários
que mais deveriam prezar por isso vinham fazendo o caminho contrário. De acordo
com a pesquisa, apps destinados ao auxílio em casos de depressão e às pessoas
que querem para de fumar encaminharam informações sobre os usuários sem avisar
que fariam isso.
"De 36 apps analisados, 29
enviaram dados para serviços fornecidos por Google ou Facebook e apenas 12
divulgaram que fariam esse compartilhamento"
“As políticas de privacidade de apps populares para depressão e combate ao tabagismo descrevem com precisão se os dados serão processados por parceiros comerciais?” questiona a AMA, em seu documento.
“Neste estudo transversal, analisamos 36 apps para depressão e abandono do tabagismo disponíveis entre os mais baixados em lojas de aplicativos públicos. No total, 29 transmitiram dados para serviços fornecidos pelo Facebook ou Google, mas apenas 12 divulgaram precisamente isso em uma política de privacidade.”
Fonte:
Pixabay
Como
sabemos, muitas pessoas não gostam de falar publicamente sobre seus estados
físicos ou mentais quando tocamos em assuntos relacionados a vícios e doenças
mentais — o que agrava a situação. Metade dos casos possui justificativas
preocupantes: 9 simplesmente não “se deram ao luxo” de criar uma política de
privacidade; 5 possuem essa descrição, mas não explicaram que os dados seriam
compartilhados dessa forma; e 3 juraram que o envio de informações não
aconteceria — esses são mais graves, pois as empresas mentiram descaradamente.
Anúncios (mal) direcionados
Na
prática, isso gera o direcionamento de publicidade para pessoas com depressão
ou que querem parar de fumar. Bem, isso em nada difere do que estamos
acostumados, quando assinamos os termos para utilização de um serviço.
Acontece
que o compartilhamento desses dados na surdina podem trazer danos às pessoas
que já nem acendem um cigarro mais e têm que lidar com o assunto por conta
desse envio de informações. No ano passado, por exemplo, sites seguiram exibindo publicidade sobre gravidez para
mulher que perdeu o bebê.
Infelizmente,
o estudo não nomeia os aplicativos em questão. Mas a recomendação final é
baixar aplicativos relacionados à saúde apenas de organizações confiáveis e ler
a política de privacidade para saber exatamente o conteúdo a ser transmitido
para terceiros.
Fontes: 9TO5MAC/JAMA NETWORK/THE VERGE
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