No último domingo,
26 de maio, um terremoto de magnitude 8 na Escala Richter atingiu a região
amazônica de Loreto, no Peru, impactando a conexão e sinal de usuários locais.
Para restabelecer a
internet nas áreas remotas atingidas, o governo do Peru e a Telefónica
acionaram o Project Loon, da Google,
que usa balões para criar uma rede de conectividade, dispensando a necessidade
de torres de celular.
Com o trabalho da Loon,
a conectividade dos usuários peruanos voltou 48 horas depois do terremoto. Pode
parecer um longo período de tempo, mas não é: a Google demorou quatro semanas
para implantar balões de internet em Porto Rico depois do furacão Maria, que
devastou a região em 2017.
Desta vez, a
resposta mais rápida tem uma explicação simples: a Loon já conduzia testes
comerciais no Peru e contava com uma infraestrutura terrestre pronta.
"Antes de podermos começar a fornecer serviços, precisamos nos integrar a
uma rede de operadora de rede móvel (MNO), garantir aprovações regulatórias e
de sobrevoo e, é claro, lançar balões e navegá-los até um local desejado",
explicou a companhia.
Project Loon
da Google foi lançado em 2013
No caso de
Porto Rico, mais de 100 mil pessoas se conectaram aos balões da Loon três
semanas após o início da operação. Com a internet do projeto, usuários
conseguem mandar SMS, e-mails e "internet básica", mas ligações não
são habilitadas.
O
terremoto que atingiu Loreto também foi sentido em outras sete cidades do Peru,
inclusive na capital Lima, e deixou dois mortos e pelo menos 15 feridos. Ao
todo, 284 famílias foram afetadas.
Os balões usados pela Google foram desenvolvidos pela Força
Aérea norte-americana; cada um deles possui 15 metros de diâmetro e circula com
equipamentos como antenas de rádio, computadores de voo, sistema de controle de
altitude e painéis solares, responsáveis pela produção de energia para o
sistema. Cada balão deve permanecer no ar por até 100 dias, provendo conexão à
internet a áreas de 40 quilômetros de diâmetro em torno do balão.
Apesar da aposta, o
Project Loon impactou negativamente os resultados
financeiros da Alphabet, dona da Google, no primeiro trimestre de
2019. No período, a empresa registrou um prejuízo de US$ 868 milhões.
Enquanto isso, a
receita gerada com os projetos da Alphabet, que ainda
incluem uma unidade de carros autônomos, é de apenas US$ 170 milhões.
Fonte: 9to5Google, Gizmodo
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