A NASA realizou um experimento durante um ano com dois irmãos gêmeos,
tentando descobrir quais seriam as diferenças no organismo de um deles na Terra
e outro no espaço. A agência estudou os genes e sistema imunológico dos irmãos
e notou que o astronauta teve alteração no seu sistema imunológico e, o mais
interessante, teve a forma como seus cromossomos se desgastam, o que pode
significar uma longevidade maior que o seu irmão que ficou na Terra.
De
acordo com a cientista Susan Bailey, a NASA esperava que o estresse do espaço
encurtaria os telômeros, nomes dados às extremidades dos cromossomos, mas
aconteceu o oposto. Em comparação com os genes do irmão, o astronauta Scott
Kelly viu eles ficarem mais longos do que quando viajou para a Estação Espacial
Internacional.
Como os telômeros se encurtam na
divisão de cromossomos, eles servem como uma forma de, teoricamente, definir a
expectativa de uma pessoa. Basicamente, o astronauta aumentou sua vida indo
para o espaço, em comparação ao ser irmão na Terra.
Outras mudanças foram relacionadas ao
sistema imunológico de Kelly, que ao permanecer no espaço, entrou em alerta
máximo, com uma vacina para a gripe funcionando mesmo sob todo o estresse
espacial. Ao retornar para a Terra, o seu organismo voltou ao normal em questão
de meses. O estudo ajudará a NASA a iniciar uma nova era de pesquisas
genéticas no espaço.
Fonte: NASA
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