A Boeing e a Embraer
anunciaram nesta quinta-feira (23) que a empresa resultante da fusão entre as
empresas (compra de 80% da divisão comercial da Embraer) se chamará Boeing
Brasil - Commercial. O acordo, vale lembrar, não engloba as divisões de aviação
executiva e defesa, portanto, o nome Embraer continua existindo, mas com menos
visibilidade, pois ficará restrita aos segmentos de aviação executiva e de
defesa, que não foram incluídos no acordo com a americana.
O anúncio da nomenclatura da nova
empresa, que até então vinha sendo chamada de Newco, foi feito por meio de um
vídeo divulgado aos funcionários das companhias e, depois, nas redes sociais da
Boeing. A mudança ocorre quatro meses depois de o presidente Jair Bolsonaro dar
aval para o negócio. O Governo Federal detinha uma ação especial na Embraer que
lhe dava poder de veto para decisões como venda. As companhias trabalham,
agora, na separação de áreas e funcionários e aguardam a aprovação do negócio
por órgãos regulatórios em diversos países, como a China, por exemplo.
O acordo fechado
prevê, ainda, que Boeing e Embraer devem criar uma joint venture para a
comercialização do cargueiro militar KC-390, a maior aeronave já desenvolvida
no Brasil. Dessa empresa, a Embraer será controladora, já que está sob o
guarda-chuva do setor de defesa da fabricante brasileira.
O Legacy é o
principal jato executivo da Embraer/ Imagem: Embraer
A Boeing
ainda não informou qual será o novo nome dos aviões comerciais da fabricante
brasileira, hoje chamados de E-Jets. A Airbus, após comprar o
programa de desenvolvimento e vendas dos jatos comerciais C-Series da
canadense Bombardier, trocou o nome da família de aeronaves para A220, seguindo
o padrão de nome para seus aviões. Para situar melhor nossos leitores, os
aviões comerciais da Embraer são um pouco menores do que os modelos de entrada
da Boeing, os 737. Muito embora o acordo deixe de fora os jatos executivos como
os da linha Legacy, a Boeing possui uma divisão especial que molda
seus jatos de entrada e os transforma em produtos para taxi aéreo, os chamados
BBJ (Boeing Business Jet), portanto, nada impediria a empresa americana de
utilizar os E-Jets para este fim.
Ao fim da
negociação, a Boeing pagará US$ 4,2 bilhões (R$ 16 bilhões, na cotação atual)
para a Embraer.
Fonte: Estadão
Nenhum comentário:
Postar um comentário