O Facebook anunciou a
remoção de mais 22 páginas relacionadas ao conspirador Alex Jones. Os espaços
não eram administrados diretamente por ele, mas estavam ligados às ideias
divulgadas pelo criador do Infowars. Os banimentos estão relacionados a novas medidas
implementadas em janeiro pelo Facebook, que fechou o cerco sobre
usuários banidos que tentem manipular o sistema para ampliar o alcance de suas
publicações.
Originalmente, administradores banidos da rede social por irem
contra as políticas da empresa já eram proibidos de criar novas páginas com as
mesmas temáticas. Com a atualização de janeiro, eles também não podem mais
transformar espaços antigos e modificar títulos, imagens e tópicos abordados
neles, uma prática bastante usada por aqueles que sabiam estarem indo contra as
regras. A criação de “backups” era comum e, em janeiro, foi abordada
diretamente pelo Facebook.
Os banimentos ligados a Jones e ao Infowars fazem parte de um
total de 89 páginas retiradas do ar nesta semana pela rede social, todas pela
mesma violação. A notícia também marca a primeira vez que a empresa aplica as
novas regras em grande escala desde a implementação delas, no final de janeiro,
mas, como sempre, sem dar muitos detalhes sobre o que levou à identificação dos
administradores e de seus espaços como similares a outros já banidos.
Entre as teorias da conspiração mais famosas promovidas por Alex
Jones está a ideia de que o massacre de Sandy Hook teria sido realizado por
atores contratados e acusações de que a elite de Hollywood e Washingtoon seria
responsável pela administração de círculos de pedofilia. Em agosto, quando
baniu as páginas do Infowars e relacionados, o Facebook associou tais alegações
a uma escalada no abuso e casos de violência real.
Títulos e postagens similares, bem como alterações bruscas de
conteúdo e temática reportadas pelos usuários, entretanto, estão entre os
artifícios usados pela rede social para identificar esse tipo de comportamento.
A ideia é que os flagrados estariam usando páginas com alto número de
seguidores para recuperar parte de seu alcance, perdido após um grande
banimento realizado em agosto, quando o Infowars foi varrido da rede social.
Esse ato também serviu como medida para identificação das
remoções de agora. De acordo com o Facebook, enquanto Jones não era o
administrador dos 22 espaços retirados do ar, outros responsáveis por eles
estavam ligados às páginas banidas em agosto, o que fez com que todos entrassem
no pente fino da rede social, que busca ativamente por irregularidades e
manipulações de suas regras.
Apesar de não ter falado em números específicos, o Facebook
disse ainda que as mais de 80 páginas removidas tinham como origem apenas dois
países: os Estados Unidos e o Brasil. As identidades dos responsáveis, títulos
e temas dos espaços retirados do ar também não foram revelados pela empresa.
Fonte: CNN
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