O governo Bolsonaro vai contar com uma rede social privada para ministros e
parlamentares, segundo O Globo.
Muito criticado por problemas na articulação política e sofrer vazamentos de
áudios no WhatsApp, o governo terá um aplicativo de
mensagens para troca de informações; ainda, o app vai
mostrar informações sobre “comportamento político” de deputados — para
facilitar a articulação de companheiros.
Políticos encontrarão no
aplicativo um sistema que reúne dados sobre a atuação de outros parlamentares.
Ou seja, andamento da execução de emendas e cargos indicados por ministros.
Carlos Manatto, secretário especial para a Câmara, órgão vinculado à Casa Civil,
adiciona a existência de um canal direto para comunicação entre presidência e
ministros.
“Vai ser um
aplicativo interno em que todo mundo vai poder entrar: parlamentares e
ministros, uma coisa legal. A ideia é mostrar, por exemplo, quais programas há
na ação social, na saúde, e aí os deputados vão ver os programas, poder passar
para os prefeitos, divulgar, tendo acesso online. E eu vou ter todo o acesso às
votações deles e tudo mais; e os ministros também”, disse Manatto ao Globo.
A ideia do desenvolvimento de um
aplicativo para este fim nasceu do ministro Carlos Alberto dos Santos Cruz, da
Secretaria de Governo. Por outro lado, quando essa história chegou até a
Câmara, deputados manifestarem desconforto com a inclusão de dados sobre eles
por entenderem que o governo pretende usar essas informações para pressioná-los
a serem fiéis ao Planalto”, escreve o Globo.
Deputados indicaram que a ideia
do aplicativo é uma iniciativa de “espionagem”. Políticos envolvidos ainda se
preocupam com a inclusão de dados pessoais, com informações sobre filhos e
cônjuges. O Globo afirma que parlamentares ainda “brincaram” se o aplicativo
mostraria dados de “amantes”.
Mais detalhes sobre o aplicativo
não foram revelados. Vale notar que a Agência Brasileira de Inteligência
(Abin) oferece ao presidente Bolsonaro um dispositivo criptografado para
conversas seguras, mas o presidente
prefere o uso do WhatsApp.
Fonte: O GLOBO
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