As lojas
virtuais de itens importados são um sucesso no Brasil, a exemplo da AliExpress e da GearBest. Agora, a B2W, que comanda Americanas.com, Submarino, Shoptime e Sou
Barato, decidiu reposicionar parte do comércio eletrônico da primeira para
competir diretamente na seara do cross-border.
"Novo serviço do grupo B2W promete
frete internacional gratuito"
A companhia
lançou discretamente a seção Mundo no Americanas.com, que permite adquirir
mercadorias de empresas estrangeiras, principalmente da China e dos Estados
Unidos. O novo serviço oferece valores em reais, frete internacional gratuito e
atendimento em português. Ao abrir a página, não há muita novidade, além de uma
pequena diferenciação com o “a” característico da empresa, seguido de “mundo”.
O catálogo inicial conta com os
queridinhos dos brasileiros, os eletrônicos e acessórios, inclusive os tão
procurados produtos da Xiaomi, a exemplo de smartbands, tablets e
fones de ouvido. Aos valores é necessário acrescentar impostos de importação,
ICMS e despacho postal de R$ 15, caso o pedido seja enviado pelos Correios.
Fonte:
Americanas Mundo
O pagamento pode ser parcelado em até 10 vezes no cartão de
crédito e pode ser feito à vista no boleto, cartão de débito e Ame Digital nas
transações online. É possível quitar também em lotéricas ou nas unidades das
Lojas Americanas. O prazo de entrega pode variar entre 10 e 50 dias úteis e o
cliente pode solicitar a devolução em até 7 dias, nos casos de defeito ou envio
equivocado de outro item.
B2W busca reação com o comércio eletrônico
Segundo o BTG Pactual, a B2W encerrou o terceiro trimestre de
2018 com prejuízos de R$ 105,8 milhões — no ano anterior, já havia acumulado
perdas de R$ 88 milhões. Ainda assim, as vendas on-line cresceram para R$ 3,6
bilhões, com uma excelente alta de 23,7%. Apenas com o marketplace, o total foi
de R$ 1,89 bilhão, com crescimento de 65,5%.
Esses números animam a B2W, que
aposta no forte tráfego de usuários, a ampla oferta de itens e o foco em
entregar uma experiência de qualidade ao consumidor. A expectativa é de
comercializar mais de 10 milhões de produtos até o final de 2019 e alcançar R$
5,7 bilhões em vendas brutas em 2025.
Vale lembrar que a Amazon abocanha 30% de sua receita
fora dos Estados Unidos e a Alibaba já chega a 10% de seus ganhos fora da
China. Aliás, os chineses dominaram o ecommerce no Brasil em 2017, quando 54%
dos brasileiros que compraram em sites internacionais escolheram o AliExpress.
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