O YouTube está
envolvido em mais uma polêmica: vídeos infantis com instruções sobre como
realizar o suicídio. A descoberta foi feita pela pediatra e mãe Free Hess, comentando que
notou as instruçõesem um conteúdo supostamente inocente a que
seu filho assistia na plataforma da Google.
Em certo momento de um dos vídeos
encontrados por Hess, a gravação de um homem indicando a forma
"correta" de cortar o punho para o suicídio é exibida por cerca de 10
segundos (este homem, na internet, é conhecido como Filthy Frank). Como se nada
tivesse acontecido, o desenho animado volta a ser reproduzido automaticamente.
“Nada me choca
muito. Eu sou médica, trabalho no departamento de emergência. Eu vi muita
coisa. Mas isso aconteceu”, escreveu Hess em
seu blog profissional de pediatria. “Este vídeo foi
intencionalmente implantado no YouTube Kids para prejudicar nossos filhos. Ele
esperou até um ponto do vídeo em que os pais deixassem os filhos sozinhos [para
incluir a instrução], pensando que seus filhos estavam apenas assistindo a um
desenho animado inofensivo”.
“Eu acho que nossos filhos estão
enfrentando um mundo totalmente novo com mídias sociais e acesso à internet.
Está mudando a maneira como eles estão crescendo e se desenvolvendo. Acho que
vídeos como esse os colocam em risco”, acrescentou Hess em entrevista ao The
Washington Post.
Todos
os vídeos denunciados foram tirados do ar pelo YouTube após a reclamação, mas você pode
ver as cenas clicando aqui.
- Precisa
de ajuda? Ligue
para o Centro de Valorização da Vida: 188
A
porta-voz do YouTube, Andrea Faville, comentou o caso: “Contamos com a
tecnologia de detecção de usuários e detecção inteligente para sinalizar esse
conteúdo para nossos revisores. A cada trimestre, removemos milhões de vídeos e
canais que violam nossas políticas e removemos a maioria desses vídeos antes
que eles tenham qualquer visualização. Estamos sempre trabalhando para melhorar
nossos sistemas e retirar conteúdo violento mais rapidamente. Por isso,
relatamos nosso progresso em um relatório trimestral [transparencyreport.google.com]
e fornecemos aos usuários um painel mostrando o status dos vídeos que eles
marcaram para nós”.
Fonte: WASHINGTON
POST
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