Inteligência
artificial vem sendo cada vez mais usada para vários fins, dentre eles os
militares. Apesar de esse tipo de tecnologia poupar a vida de várias pessoas e
facilitar a existência de algumas missões, ela ainda é vista com certo receio
por oficiais da China, que temem que ela possa acidentalmente causar um
conflito entre diferentes nações.
De acordo com um relatório
publicado pela Center for a New American Security (CNAS), oficiais chineses
estão cada vez mais receosos com a possibilidade de IA usada para fins
militares acabar afetando a paz mundial. Um cenário levantado por um dos
oficiais ao autor do relatório, Gregory C. Allen, trata do aumento não
intencional da hostilidade por causa do uso de drones.
Drones estão cada vez mais
automatizados, a ponto de alguns modelos americanos serem capazes de voar e
tomar decisões simples sozinhos, como voar em círculos em torno de um alvo. A
China vem trabalhando em modelos de drones mais agressivos, como o Blowfish A2,
que é vendido para outros países e anunciado como capaz de ter total autonomia
até para participar de ataques programados.
Segundo Allen, o uso de drones
torna as decisões das nações um pouco mais ousadas, já que não trazem perigo a
humanos que estariam pilotando as naves. O mesmo vale para o outro lado,
que pode derrubar um drone que adentra uma área restrita de um país, o que
poderia ser considerado como uma ação de cyberwarfare, ou "guerra
cibernética".
Imagem: Reprodução/Military
Factory
"Não é claro como cada lado
vai reagir ao equipamento. A nação que enviou um drone autônomo pode pensar que
não existem problemas porque não há risco de mortes, enquanto o outro lado pode
atacar o drone pelo mesmo motivo. Não existe um consenso sobre como isso pode
ser abordado internacionalmente", disse Allen.
Afinal, é possível que um drone
ou robô entenda que precisa atirar em tropas do lado invadido. Diante disso,
como o fato seria interpretado: uma ação automatizada do equipamento ou a
decisão de um comandante? O autor do relatório conclui que mesmo existindo uma
competição entre Estados Unidos e China em relação ao desenvolvimento de
inteligência artificial, é preciso haver cooperação entre as nações,
principalmente no que se refere ao uso da tecnologia para fins militares.
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