Um mulher
moradora da cidade de Santa Marta, na Colômbia, relatou um ato de violência por
um motivo bastante inusitado: sua casa teria sido apedrejada por uma vizinha
após ter alterado a senha de seu roteador de internet.
Quando impossibilitou o acesso da vizinha ao Wi-Fi,
uma confusão começou e apenas a chegada da polícia solucionou o problema.
Segundo o que foi relatado pela mulher que desativou o Wi-Fi,
havia um acordo sobre o uso da internet — porém, como a vizinha nunca havia
acertado com a mulher o valor mensal combinado pelo uso da internet, o roteador
teve a senha alterada. A confusão foi iniciada quando a vizinha foi tirar
satisfações e acabou apedrejando a casa onde ficava o roteador. Uma grávida de
seis meses acabou ferida ao ser atingida por uma das pedras.
O
criador do Telegram, Pavel Durov, aproveitou que o WhatsApp está
sofrendo críticas de todos os lados para espetar mais uma agulha em seu corpo:
“ele nunca será seguro”. No começo da semana, uma brecha no
WhatsApp foi revelada e ela permite que hackers infectem smartphones com
spyware e roubem dados e informações de usuários — por isso, você precisa
atualizar o seu aplicativo. A revelação da brecha foi o estopim para um artigo
com ataques diretos ao aplicativo de mensagens comprado pelo Facebook.
"O
WhatsApp não é open source como o Telegram, então pesquisadores de segurança
não conseguem checar a existência de backdoors em seu código"
“O
mundo parece estar chocado pelas notícias que o WhatsApp transforma qualquer
celular em um espião. Tudo no seu celular, incluindo suas fotos, emails e
textos são acessíveis para hackers apenas porque você tem o WhatsApp
instalado”, escreve Durov. “Esta notícia não me surpreendeu, no entanto. No ano
passado, o WhatsApp teve que admitir que tinha um problema muito parecido — uma
única chamada de vídeo via WhatsApp era o suficiente para um hacker obter
acesso a todos os dados do seu telefone”.
Segundo
Durov, que continua os ataques ao longo do texto, o WhatsApp não é open source
(código aberto) como o Telegram, então pesquisadores de segurança não conseguem
checar a existência de backdoors em seu código. Além disso, que o WhatsApp
ofusca, esconde os binários do app para garantir que ninguém possa checar isso.
Pavel
Durov ainda complementa com vários indícios de espionagem que o Facebook, dono
do WhatsApp, se viu envolvido. Desde feitas pelo FBI que foram seguidas até
vazamentos de dados.
"O
Telegram teria feito um “mau trabalho” em persuadir as pessoas na hora da troca"
“Eu
posso entender a relutância dos fundadores do WhatsApp em fornecer mais
detalhes — não é fácil colocar seu conforto em risco. Vários anos atrás eu tive
que deixar meu país após me recusar a cumprir as violações de privacidade
sancionadas pelo governo de usuários VK. Não foi agradável. Mas eu faria algo
assim de novo? Com prazer. Cada um de nós vai morrer eventualmente, mas nós,
como espécie, vamos ficar por um tempo. É por isso que acho que acumular
dinheiro, fama ou poder é irrelevante.
Servir
a humanidade é a única coisa que realmente importa a longo prazo”, diz Durov.
É
interessante notar que o criador do Telegram ainda faz uma mea culpa. Ele
afirma que muitas pessoas não podem parar de usar o WhatsApp porque
seus familiares e amigos ainda utilizam o aplicativo. Por isso, o Telegram
teria feito um “mau trabalho” em persuadir as pessoas na hora da troca. “Muitos
dos que usam o Telegram também estão no WhatsApp, o que significa que seus
telefones ainda estão vulneráveis. Mesmo aqueles que abandonaram completamente
o WhatsApp provavelmente estão usando o Facebook ou o Instagram, ambos acham
que não há problema em armazenar suas senhas em texto simples (eu ainda não
consigo acreditar que uma empresa de tecnologia poderia fazer algo assim e se
safar isto)”, completa.
Para
acompanhar o “editorial” completo do Telegram, acesse aqui
Fonte: Pavel Durov
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