São Paulo foi a
primeira cidade do país a receber os patinetes elétricos compartilhados no
Brasil e a que começou a enfrentar os problemas comuns a esse transporte
alternativo — veja abaixo sobre isso nos Estados Unidos. Agora, é também a que
estreia uma regulamentação específica para os gadgets, com capacete e tudo.
"Uso
nas calçadas está proibido na capital paulista"
Quando chegaram
à capital paulista e aos poucos a outros grandes centros nacionais, não haviam
restrições: era possível andar e largar em qualquer lugar, inclusive nas
calçadas, e a liberdade de circulação era quase total. Agora, nove meses
depois, a oferta é muito maior, assim como o número de unidades, o que vem
destacando algumas questões que vieram junto com a novidade.
Se por um lado
a alternativa é ecológica e agiliza a vida de quem precisa percorrer curtos
espaços em menor tempo — e sem se cansar—, por outro multiplicaram-se os
acidentes. Teve gente que já bateu em bueiro rebaixado e quase quebrou a
clavícula; outros foram atropelados e uma grande quantidade sofreu pequenas
escoriações.
O que
diz a nova lei municipal
Além de exigir o uso do capacete
a nova norma da cidade de São Paulo proíbe a circulação dos patinetes elétricos
em calçadas e em vias onde carros circulam a mais de 40 km/h. As regras já
estão valendo em caráter provisório, em um prazo de 90 dias, até que termine a
discussão entre empresas e representantes da sociedade para apresentar uma
regulamentação mais detalhada e definitiva.
Vale lembrar
que a formalização dessa lei é muito importante porque ela abre o precedente e
serve como estudo de caso para que outras prefeituras também criem seus textos
para o mesmo assunto.
Enquanto isso,
várias administrações municipais vêm aos poucos implementando algumas ações
para lidar com o meio de transporte — pois, ao que parece, veio para ficar.
Algumas
companhias já estão providenciando capacete.
Problemas
também são comuns nos Estados Unidos
A febre dos patinetes elétricos
inicialmente nasceu em São Francisco, especialmente na região do Vale do
Silício, onde programadores e engenheiros passaram a usá-los para percorrer
pequenas distâncias. Um circuito próprio, plano e suave, contribuiu para sua
expansão na virada de 2017 para 2018.
Só que, ao
chegar em outros pontos da cidade e também em outros países, começaram os
problemas, principalmente ligados à estrutura que não está preparada para isso:
é diferente de correr com um e-scooter em grandes ladeiras, cheias de
irregularidades no asfalto ou com bueiros e obstáculos nas calçadas.
Em fevereiro
deste ano, o The Washington Post mostrou
a história de Ashanti Jordan, de 28 anos, que, depois de colidir com um veículo
enquanto usava um patinete elétrico, foi arremessado e quebrou ossos, fraturou
a costela e teve dano cerebral que o deixou vegetativo.
Segundo consta
o Consumer Reports,
em 2018 foram registrados mais de 1,5 mil acidentes envolvendo o meio de
transporte nos Estados Unidos. E como esses números não são tão precisos, é bem
possível que sejam bem maiores.
Fonte:
Wired
São Francisco
decidiu abolir recentemente os e-scooters, até que as empresas apresentassem
planos de operação que envolvessem medidas de segurança e estruturação de
circuitos específicos para circulação. Duas companhias foram sorteadas, entre
as que apresentaram projetos, e agora 625 unidades de cada uma operam na cidade
— e em breve outras propostas devem ser analisadas.
Fontes; THE
WASHINGTON POST/ BUSINESS
INSIDER/ G1/GLOBO
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