Recentemente,
pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, na Suíça, fizeram
uma descoberta capaz de oferecer grande ajuda na construção de biocomputadores:
a criação de um bioprocessador dual-core em célula humana.
Segundo
informações divulgadas pela equipe responsável pelo projeto, esse biocomputador
se baseia em uma técnica de edição genética conhecida como CRISPR-Cas9, que
conta com núcleos processadores que podem ser reprogramados.
De
acordo com as explicações dos cientistas, o uso de células humanas auxilia no
que diz respeito a tirar proveito da “capacidade computacional” metabólica, já
que elas podem processar até 100 mil moléculas metabólicas diferentes e cada
uma funciona como uma entrada para o processador.
Como
tudo funciona?
Para gerar o
poder necessário, uma variante especial da proteína Cas9 fica responsável por
formar o núcleo do processador. A CPU é capaz de regular a expressão de um gene
em específico utilizando como resposta a entrada fornecida pela sequência de
RNA guia, e com esse processo é possível a programação de circuitos
escalonáveis nas células humanas, sem a necessidade de desenvolver um
processador para cada tarefa.
Graças a esses
passos, o time foi capaz de usar componentes CRISPR-Cas9 de duas bactérias
diferentes para criar um processador biológico dual-core semelhante ao que
vemos no mundo dos equipamentos eletrônicos.
“Imagine um
microtecido com bilhões de células, cada uma equipada com seu próprio
processador dual-core. Esses ‘órgãos computacionais’ poderiam, teoricamente,
alcançar um poder de computação que ultrapassa em muito o de um supercomputador
digital — e usando apenas uma fração de energia”, explicou o professor Martin
Fussenegger, um dos responsáveis por esse projeto.
Fonte: INOVAÇÃO
TECNOLÓGICA
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