Por João Ramiro Antunes
Chega aos cinemas o mais novo filme do astro Will Smith e do visionário diretor Ang Lee, trazendo consigo uma novidade, mais um passo tecnológico no jeito de fazer e ver filmes, com o estreante 3D+.
Todas essas tecnologias permitem a reprodução de um filme com mais cores, riqueza de detalhes, som e movimento imersivo. A tecnologia RealD também foi usada na produção, junto com RealD True Motion, uma solução de software patenteada que permite todas as filmagens em 120 fps e manter a melhor qualidade de imagem à medida que cria versões mais baixas de fps.
Apesar de também ser exibido em 2D de salas convencionais, o longa poderá ser aproveitado em 60 fps nas salas brasileiras. As descrições de quem viu nesse formato é deveras fascinantes, a essa velocidade de informação visual, é quase como se não tivesse um ecrã em frente aos olhos, mas uma janela.
Esse fenômeno é intensificado pelo uso do 3D e sua criação de profundidade artificial. Dito isso, vou abster-se de tal tecnologia e falar de sua versão 2D, que foi a que vi, pra compor minha opinião é impressões.
Henry Borgan (Will Smith) é um assassino de elite prestes a se aposentar, que se torna alvo de um agente misterioso que aparentemente pode prever todos os seus movimentos. Ele logo descobre que o homem que tá tentando matá-lo é uma versão mais jovem, rápida e clonada de si mesmo.
Com essa premissa que parece mais que genérica, Projeto Gemini sofre com seu roteiro escrito desde 1997, e que só agora fora transformado em filme, impossibilitando bastante a ideia de originalidade hoje em dia, 22 anos depois.
O ponto é, mesmo já tendo visto essa história inúmeras vezes, elementos inseridos como: Ficção Científica, manipulação de DNA e até drama existencialista, apesar de não muito aprofundado, à tornam mais interessante, além claro, Will Smith que faz com que funcione, quase que como uma nova visão.
Se bem que desde que esse projeto foi anunciado, o foco e a promessa em todo seu material promocional, nunca foi numa trama genial, e sim a ação e seu protagonista, e nisso Ang Lee acerta em cheio, mas com pequenas ressalvas, não nas cenas de ação em si, mas como foram concebidas.
No elenco temos, Mary Elizabeth Winstead que faz a boa de briga Danny, o engraçado amigo Baron do Benedict Wong e Clive Owen, que está bem operante, dando vida ao vilão Clay Verris.
Já o Will Smith como Henry Borgan, não tem jeito, o cara é um poço de carisma e interpretação, com performance física acima da média. Não é novidade pra ninguém que o ator faria dois dele, graças à tecnologia de captura digital e rejuvenescimento artificial, na construção de seu clone, o Junior, e é aí que começa os prós e contras.
Interpretativamente falando, Will está perfeito ao dar vida as suas duas versões, e o trabalho do pessoal dos efeitos especiais é complexo e muito bem feito, recriando o ator mais jovem, com uma riqueza de detalhes humanos impressionantes.
O problema ou não, é que isso oscila bastante durante o filme, oras incrivelmente real, e oras não, ficando até bem perceptível sua concepção digital, seja nos olhos ou como se move, causando uma estranheza.
O problema ou não, é que isso oscila bastante durante o filme, oras incrivelmente real, e oras não, ficando até bem perceptível sua concepção digital, seja nos olhos ou como se move, causando uma estranheza.
Acredito que muito desse sentimento deve-se ao fato de já termos visto o ator nessa idade na série de tv: Um maluco no pedaço de 1996, por isso fica fácil fazermos o paralelo.
A WETA DIGITAL, empresa responsável pelos revolucionários efeitos especiais de Avatar e do recente Alita - anjo de Combate entre outros grandes Blockbusters, teve um um trabalho ainda mais desafiador, tendo em vista, fazer real digitalmente um personagem totalmente humano, de um ator com o rosto pra lá de conhecido.
A WETA DIGITAL, empresa responsável pelos revolucionários efeitos especiais de Avatar e do recente Alita - anjo de Combate entre outros grandes Blockbusters, teve um um trabalho ainda mais desafiador, tendo em vista, fazer real digitalmente um personagem totalmente humano, de um ator com o rosto pra lá de conhecido.
No fim diria que ficou excelente, mas não perfeito, o que de certa forma, pensando nos atores, é até bom. O mesmo pode ser dito das cenas de ação, que são espetaculares visualmente falando, mas que são muito surreais, emulando um vídeo game, nos ângulos e modo que foi filmado. Algo como aconteceu em Matrix Reloaded de 2003, na famosa luta de Neo com os agentes Smith, só que lógico, com uma computação gráfica muito melhor, mas ainda vista com a sensação de incômodo parecida.
A direção de Ang Lee, para mim, tá incólume nisso tudo, pois a versatilidade na sua carreira, trabalhando em diferentes gêneros, todos com muita autoria, provam quão bom esse cineasta Taiwanês é, aqui nos proporcionando, boas locações reais, filmando inventivas sequências de tiroteio, acrobacias, perseguição empolgante e momentos visualmente impressionantes, mais como foram idealizadas do que em sua execução, propriamente dita.
Projeto Gemini não inova na história contada, mas consegue êxito nas cenas de ação hiper estilizadas na hora de entreter, tem trabalho digital assombroso, mas que pesa com o CGI carregado, com parte física e dramática, muito bem entregue por seu duplo protagonista, que me ajudaram à considerá-lo um bom filme de ação!
Assista o Trailer:
Ficha técnica completa
Título | Gemini Man (Original) |
---|---|
Ano produção | 2019 |
Dirigido por | Ang Lee (I) |
Estreia | |
Duração | 117 minutos |
Classificação | 14 - Não recomendado para menores de 14 anos |
Gênero | |
Países de Origem | Estados Unidos da América |
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