A fantasia toma conta das salas de cinema com a volta de
Malévola, continuação do sucesso de 2014, que agora retorna para seu segundo
capítulo intitulado Dona do Mal.
Cinco anos após Aurora (Elle Fanning) despertar de
seu sono profundo, a agora rainha dos Moors é pedida em casamento pelo príncipe
Phillips (Harris Dickinson). Ela aceita o pedido e, com isso, parte rumo ao
Reino de Ulstead ao lado de Malévola (Angelina Jolie), no intuito de conhecer seus
futuros sogros, John (Robert Lindsay) e Ingrith (Michelle Pfeiffer).
O jantar entre eles deveria ser de celebração entre reinos, mas os interesses de Ingrith vêm à tona quando é criado um atrito com Malévola e os demais seres mágicos.
O jantar entre eles deveria ser de celebração entre reinos, mas os interesses de Ingrith vêm à tona quando é criado um atrito com Malévola e os demais seres mágicos.
Malévola de 2014 dirigido pelo vencedor do Óscar de direção de arte por Avatar
Robert Stromberg, é um filme que eu particularmente gosto, mesmo tendo uma
subversão na personagem, consegue cativar por sua identidade visual belíssima,
e claro por sua protagonista muito bem interpretada, diga-se de passagem,
aliados à criaturas bacanas e cenas de ação bem legais.
Já essa sequência de
2019, conta com direção nova do cineasta Norueguês Joaquim Rønning (Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar), que até faz
um trabalho bom, mas com algumas ressalvas. A identidade visual é mantida, com
todo universo fantástico crível, proporcionados por uma boa produção, efeitos
especiais e um figurino que chama a atenção.
O capricho da figurinista Ellen
Mirojnick fica muito visível nos visuais da Malévola, e em tudo que é
relacionado ao Reino de Ulstead, principalmente no que se refere a realeza.
O
primeiro problema pra mim, tá na história criada por seus 4 roteiristas: Linda
Woolverton, Jet Butterworth, Micah Fitzerman-Blue e Noah Harpster. Eles até
tentam compor a trama com bons elementos novos, expandindo esse universo, seja
com pequenos seres mágicos, como quanto a existência de outros da espécie de
Malévola, (revelados no trailer), que são muito bem feitos e imponentes.
Mesmo
tratando de temas interessantes como, proteção, lealdade, paz e liderança, ainda
querendo dar uma origem mais aprofundada a sua protagonista, parecem presos. É
triste ver como 4 escritores não conseguirem contar algo verdadeiramente novo, pois
tudo soa telegrafado demais e com aquela sensação de déjà vu constante.
O
segundo problema com certeza é a pouca ação, que apesar de passar grandiosidade
épica, com o uso de catapultas, exércitos e tal, quando entrega , entrega uma
ação sem impacto ou inventibilidade, ficando bem aquém do primeiro longa. O
elenco é bom e forte, a Angelina Jolie está perfeita mais uma vez com Malévola,
ela não é só a "dona do mal" mas a dona desse personagem à essa
altura.
Seu fiel escudeiro Diavil, interpretado por Sam Riley, juntos ainda redem
boas risadas, mas dessa vez é utilizado mais que só um alívio cômico, assim com
a Aurora da Elle Fanning, ainda ingênua e de coração puro, mas com um pouco de
amadurecimento.
O príncipe Phillips causa uma estranheza pela mudança de intérprete, vivido pelo ator Brenton Thwaits, no de 2014, nesse substituído por Harris Dickinson, devido a problemas de agenda do astro.
O príncipe Phillips causa uma estranheza pela mudança de intérprete, vivido pelo ator Brenton Thwaits, no de 2014, nesse substituído por Harris Dickinson, devido a problemas de agenda do astro.
Ed Skrein tem visual
alado bem maneiro, com um trabalho de maquiagem muito bom, pena sua
personalidade clichê e limitada. Prejudicado também está o Chiwetel Ejiofor, que
faz um bom líder e orador, mas é mal aproveitado infelizmente.
E por fim, temos
a Rainha Ingrith da Michelle Pfeiffer, que está muito bem no papel, esbanjando
postura e presença em tela, mas sua personagem é muito preto no branco, sem
sutileza ou mistério, entregando quem ela é, o que ela quer ou que fará, logo
de cara.
Malévola Dona do Mal não é ruim, tem universo mágico com muito
potencial, visualmente encantador, uma protagonista muito bem estabelecida e
carismática, mas tem enredo genérico e fraco, para um elenco tão bom, peca na
falta de ação, como entretenimento é Ok, mas como sequência, deixa muito à
desejar.
NOTA: 6/10
Assista o Trailer:
Ficha técnica completa
Título | Maleficent: Mistress of Evil (Original) |
---|---|
Ano produção | 2019 |
Dirigido por | Joachim Rønning |
Estreia |
17 de Outubro de 2019 ( Brasil )
Outras datas |
Duração | 118 minutos |
Classificação | 10 - Não recomendado para menores de 10 anos |
Gênero | |
Países de Origem | Estados Unidos da América |
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