Call of Duty sempre teve uma boa presença nos PCs, mas a franquia parece ser mais querida por aqueles que preferem jogar nos consoles do que aqueles que curtem gameplay no seu computador, com teclado e mouse. Isso veio mudando nos últimos títulos da série e deve dar uma virada com Call of Duty: Modern Warfare, game que chega em outubro às lojas.
O Tecmundo e o Voxel estiveram em um evento especial do jogo em Londres e conversamos com Marc Milot, diretor da versão para PC de Modern Warfare, sobre o que os jogadores devem esperar do novo game da série. O diretor faz parte da equipe da Beenox que ficou responsável pela versão e que, pela primeira vez, trabalha em um jogo de Call of Duty desde a sua concepção.
Uma experiência especial para PCs mais fortes
Fonte: Activision/Divulgação
Qualquer jogo AAA hoje em dia demanda um computador com configurações um pouco mais avançadas para poder entregar tudo o que pode oferecer. Call of Duty: Modern Warfare não poderia ser diferente e Milot confirmou algumas das novidades da versão de PC.
O título será lançado com framerate sem limitações e suporte para monitores com alta taxa de refresh, suporte a monitores widescreen, com disposição de até 32:9, assim como múltiplas telas.
Milot confirmou que Modern Warfare terá suporte a algumas tecnologias da Nvidia, como Ray Tracing e DLSS. Essa segunda tecnologia, que é de Deep Learning Super Sampling usa o poder da inteligência artificial para melhorar a taxa de frames de jogos que demandam processamento pesado de gráficos. Por causa dessa técnica, é possível jogar games com resoluções altas mantendo uma ótima taxa de frames por segundo.
Ajudando a criar uma experiência melhor para jogadores de PC e console
Milot comentou que seu primeiro contato na produção de um jogo da série Call of Duty foi quando a Beenox ajudou na versão de PC de Modern Warfare Remastered para que a remasterização tivesse uma boa jogabilidade com teclado e mouse. Com a inclusão de crossplay no novo jogo, o seu trabalho começou mais cedo, para que as decisões para a versão de PC não impactasse a experiência dos jogadores nos consoles.
Fonte: Activision/Divulgação
O diretor comentou que as melhorias na versão de PC em relação aos títulos anteriores da série é para que os jogadores tenham uma experiência muito mais uniforme no computador e em consoles, onde boa parte da base instalada curte jogar.
Milot disse que tem sido uma experiência muito boa trabalhar com o pessoa da Blizzard, responsável pelo Battle.net, permitindo que o jogo tenha o melhor desempenho possível com teclado e mouse. O diretor comentou que membros da equipe de desenvolvimento de Overwatch conversaram com eles sobre coisas que poderiam ser feitas em Modern Warfare nos PCs.
Sobre crossplay, Milot disse que, até segunda ordem, todos os modos estarão disponíveis para serem jogados no PC, Xbox One e PS4, desde que ele tenha sido lançado para a plataforma. Isso significa que você sempre pode jogar com seus amigos, independente onde eles estejam jogando, com testes mostrando que o nível dos jogadores está bastante equilibrado.
PC influenciando consoles
Milot comentou que algumas das funções que são sempre comuns para PCs acabaram sendo incorporadas na versão de consoles de CoD: MW. O diretor disse que a equipe fez uma lista de possíveis elementos do gameplay no PC que poderiam trazer uma vantagem desleal em cima dos consoles e tentou eliminar ou, pelo menos, influenciar uma versão igualmente eficaz nos videogames.
Outro elemento dos PCs que acabou caindo um pouco para Modern Warfare no Xbox One e PS4 é a possibilidade de personalizar mais a maneira como você joga, escolhendo botões e como eles devem agir ao realizar alguma ação. Um exemplo dado foi a do simples ato de pegar uma arma do chão.
Fonte: Activision/Divulgação
No PC, existe um botão de interação que torna mais rápido pegar uma arma do chão e sair usando, sem precisar trocar o armamento ou recarrega-lo. Em alguns momentos, isso é bastante útil, pois o soldado pode ficar sem munição, pegar uma arma do chão e já sair atirando.
Nos consoles, o botão para pegar armas do chão é o mesmo de recarregar, fazendo com que alguns jogadores não consigam ter aquela vantagem de poucos milésimos de segundo que podem fazer a diferença. Por isso, os times de desenvolvimento se inspiraram nesse desempenho do PC e trocaram a forma como o botão age.
Para recarregar, é necessário segurar um pouco mais o botão, enquanto dar um toque nele já permite recolher armamento no chão. Isso torna o recarregamento um pouco mais lento, mas dentro do contexto do jogo, mais tático.
De certa forma, o trabalho na versão de PC permitiu que o time de desenvolvimento nos consoles pudessem experimentar e melhorar elementos que antes passavam despercebidos pela falta de necessidade de crossplay.
Fonte: Activision/Divulgação
No todo, a conversa com Marc Milot mostra que a Activision está disposta a fortalecer ainda mais a sua base de jogadores de Call of Duty nos PCs, entregando uma experiência rica como já é esperado nos PCs.
Call of Duty: Modern Warfare será lançado para PC, Xbox One e PlayStation 4 no dia 25 de outubro.
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