Uma situação peculiar está acontecendo nos tribunais russos. Um rapaz, identificado como D. Razumilov, é dono de um iPhone e após fazer o download de um app de criptomoedas, o jovem alega que foi “transformado em gay” e está processando a Apple por isso.
D. Razumilov afirma que passou a ter relações com pessoas do mesmo sexo desde o começo do verão russo deste ano. A causa? O download do app de criptomoedas motivado pelo recebimento de 69 GayCons de um desconhecido que dizia em inglês: “Não julgue sem experimentar”, tudo isso em 2017.
"Pensei: de fato, como posso julgar sem tentar?"
O rapaz, então, encarou a mensagem como sugestão e decidiu ter relações homoafetivas. Atualmente, o D. Razumilov afirma estar em um relacionamento sério e estável com outro rapaz já há 2 meses e não sabe como contar isso aos pais. “Depois de receber a tal mensagem, minha vida mudou para pior e nunca mais será normal.”, disse o jovem russo.
(Fonte: Reddit/Reprodução)
Onde a Apple entra nisso tudo? A fabricante americana está sendo acusada de “manipulá-lo em direção à homossexualidade,” então causando “danos morais e ferindo a saúde mental”. O processo pede, portanto, 1 milhão de rublos — aproximadamente US$ 15,300 — de indenização.
Um problema real
Por mais que este caso se trate de um processo, no mínimo, incomum, a comunidade LGBTQI é vítima de discriminação na Rússia. Em agosto deste ano, uma série de protestos estouraram no país em consequência à morte de uma ativista da comunidade.
Um grupo homofóbico russo abriu um site e catalogou fotos e nomes de vários integrantes da comunidade LGBTQI e oferecia recompensas diversas para quem os atacasse. Esta ativista viu seu nome na lista, não levou a ameaça a sério e foi assassinada semanas depois.
Em meio a tantas denúncias reais e graves, com evidente impunidade, vamos torcer que denúncias como essa de D. Razumilov não desvalorizem a briga diária desses cidadãos. Por fim, o Tribunal Distrital de Presnensky de Moscou registrou a ação de D. Razumilov e uma entrevista foi agendada para o dia 17 deste mês.
Fonte: The Moscow Times
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