Em um artigo de
opinião publicado neste fim de semana no jornal The Washington Post, o fundador e executivo-chefe do Facebook,
Mark Zuckerberg, defendeu que os governos criem mais regulações para as grandes
empresas de tecnologia.
No texto, o responsável pela maior rede social do mundo elenca
quatro pontos fundamentais que, acredita ele, necessitam de uma maior
intervenção governamental para garantir que as melhores características da
internet – como a liberdade para se expressar e construir novos serviços –
sejam mantidas.
Quatro
regras para regular a internet
O primeiro
ponto tem relação com o compartilhamento de conteúdo sensível ou criminoso,
como discurso de ódio, propaganda terrorista e etc. Zuckerberg destaca que o
Facebook criou recentemente um órgão independente para que as pessoas possam questionar
quando acreditarem que a companhia tomou uma decisão errada em relação ao que
se encaixa ou não nessa definição.
A ideia do executivo é que os governos criem regras claras sobre
o tipo de política que as empresas de internet precisam ter para prevenir o
compartilhamento desse tipo de conteúdo. Dessa forma, seria possível comparar
empresas com práticas diferentes e saber quais estão em linha com uma definição
padronizada de combate a esse conteúdo.
"Zuckerberg quer que mais
países adotem leis de proteção aos dados pessoais semelhantes às da União
Europeia".
Já no segundo ponto, ele fala sobre a importância de usar novas
legislações para proteger as eleições democráticas que acontecem todos os anos
pelo mundo. Em diversos países, incluindo o Brasil, a empresa foi acusada de
não fazer seu trabalho para impedir a disseminação de informações falsas e garantir o cumprimento das leis
eleitorais.
Zuckerberg
também elogia o recente Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados da União
Europeia, afirmando que mais nações deveriam aprovar leis semelhantes que
garantam o direito à privacidade dos usuários.
Para terminar,
ele acredita que a portabilidade de dados entre serviços na internet deveria
estar garantida por legislação, permitindo que você utilize serviços
concorrentes e possa levar seus dados pessoais para onde quiser.
O artigo do
executivo chega após um período complicado para a companhia, que, além das
acusações envolvendo eleições em vários países, lidou com o escândalo
envolvendo o roubo de dados pela Cambridge Analytica durante
praticamente todo o ano de 2018. Apesar do teor do texto, o executivo não
indicou se a rede social pretende seguir algumas dessas regras mesmo sem ser
obrigado por legislações locais.
Fonte: FACEBOOK
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