Pesquisadores
da Universidade de Stanford, nos EUA, criaram um nanomicrofone tão sensível,
que é capaz de detectar os fônons, tidos como partes indivisíveis de movimento
ou quanta, que se manifestam como som ou calor. Ao contrário da maioria das
substâncias do nosso mundo, as energias dos fônons são restritas e aparecem
como fragmentos ou segmentos distintos.
Antes, não era possível medir os
fônons
Antes do
microfone quântico, os cientistas não conseguiam medir os fônons
individualmente porque os espaços entre seus segmentos (as diferenças entre
seus estados de energia) são diminutos.
O
pesquisador responsável pela construção do nanomicrofone, Patricio Arriola,
explica que “um fônon corresponde a uma energia dez trilhões de vezes menor do
que a energia necessária para manter uma lâmpada ligada por um segundo”. A
inviabilidade para pedir o número de fônons com um microfone comum começa a
partir do momento que a própria atividade já produz energia suficiente para
distorcer a energia que deveria ser medida.
Em um
microfone comum, os deslocamentos das ondas sonoras são convertidos em tensões
elétricas mensuráveis. Como não é possível descobrir a posição de um objeto
quântico sem alterá-la, o método convencional foi descartado.
Microfone
quântico visto através do microscópio. (Fonte: Universidade de
Stanford/Patricio Arriola/Divulgação)
As possibilidades do microfone
quântico
A partir
do microfone quântico, os físicos vão medir o número de fônons diretamente nas
ondas sonoras. Para isso, eles vão utilizar a escala dos estados de Fock, onde
cada estado possui um nível, e cada nível só é atingido com base num certo
número de fônons gerado.
O
microfone quântico possui ressonadores nanomecânicos que geram fônons em
diferentes estados. Suas estruturas periódicas atuam como espelhos para o som,
que, ao receber um estímulo que produza um “defeito” nas redes artificiais,
permitem que os fônons sejam presos entre essas estruturas.
Os fônons
aprisionados, e em movimento, vão gerar níveis de energia relativos à sua
quantidade, dessa forma, se fazendo contáveis para os pesquisadores.
A invenção
deve ajudar no desenvolvimento de computadores quânticos acústicos menores e
mais eficientes, dispositivos de armazenamento para futuras máquinas quânticas,
sensores quânticos, lasers sonoros, entre outros.
Fonte: Inovação
Tecnológica
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