Uma petição,
publicada na plataforma Medium e
que também circula internamente no Google,
traz em seu texto a recusa dos Googlers (como são chamados os funcionários da
empresa) em participar do projeto proposto pela CBP - Customs and Border
Protection, agência alfandegária que cuida das fronteiras do EUA.
A recusa se deve ao fato desse braço
do governo ter cometido uma série de abusos nos últimos anos, no que eles
chamam de “sistema de abuso e negligência maligna”, entre eles, as atrocidades
ocorridas na fronteira do país envolvendo, sobretudo, crianças que chocaram o
mundo todo e criaram uma crise na já não tão boa imagem do governo Trump.
Essa posição de protesto se fez
necessária por causa da notícia de que a CBP está preparando uma concorrência
para um contrato de computação em nuvem que visa otimizar a infraestrutura da
agência, o que acaba por facilitar cada vez mais seus abusos. Eles são taxativos
ao dizer:
Nós nos
recusamos a ser cúmplices
“A história é clara: a hora de dizer NÃO é agora. Nós nos
recusamos a ser cúmplices. É inconcebível que o Google, ou qualquer outra
empresa de tecnologia, apoie as agências envolvidas na prisão e tortura de pessoas
vulneráveis”.
Google
(Fonte: Pixabay/Reprodução)
O gigante
da área de tecnologia se vê mais uma vez pressionado por seus colaboradores a
desistir de uma parceria com o governo americano. Assim como ocorreu com o
Projeto Maven, projeto do Pentágono que visava o uso de Inteligência Artificial
em imagens captadas por drones para fins militares, um grupo de funcionários se
posicionou contrário a mais um projeto que pode oferecer um perigo à
conservação dos direitos humanos.
Cada vez
mais os trabalhadores da indústria tecnológica vêm se posicionando contra toda
e qualquer forma de desvio ético e moral no uso de suas ferramentas e se
recusam a prover qualquer tipo de infraestrutura que possibilite abusos,
principalmente aos mandos e desmandos de governos que não respeitam os direitos
humanos. Agora, resta ao Google decidir qual posição será tomada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário