Sabe aquele seu eletrodoméstico com acabamento de metal escovado
que é lindo enfeitando a cozinha, mas que você quase nunca usa porque é um
martírio tentar tirar as marcas de dedo que ficam nele toda vez que o pega?
Isso acontece porque, toda vez que você toca em algo, os seus dedos deixam uma
fina camada de gordura no local que foi tocado.
Essa camada é imperceptível na
maioria das superfícies, mas ela fica muito vísivel em superfícies lisas e
brilhantes, como espelhos e, claro, eletrodomésticos com acabamento de metal. E
o caso dos eletrodomésticos é ainda pior porque o metal desses equipamentos
apresenta ranhuras microscópicas por onde a gordura penetra - o que torna essas
manchas um tanto difíceis de serem limpas.
Mas um grupo de
químicos alemães está prestes a resolver esse problema: pesquisadores do
Instituto Fraunhofen para Materiais e Sistemas e especialistas da FEW Chemicals
desenvolveram em parceria um novo tipo de revestimento com nanopartículas que
tornam a superfície onde ele for aplicada repelente à água e óleo.
Assim, quando este revestimento é aplicado no aço inoxidável,
ele penetra nos sulcos mais profundos do metal, protegendo-o da penetração de
qualquer tipo de líquido ou óleo. Na prática, isso faz com que, ao tocar nesses
equipamentos, a mancha deixada por nossos dedos não apenas seja menos visível
(pois a gordura expelida por eles irá grudar apenas na parte mais elevada dos
sulcos do material), como também se torna muito mais fácil de limpar.
E, se você não curte ficar limpando seus eletrodomésticos
toda hora, o revestimento possui um outro truque: ele modifica o índice de
refração da luz do material para se igualar ao índice de refração dos óleos
naturais expelidos pela pele. Isso faz com que, na prática, além de manchar
menos por si só, a luz irá refletir de maneira praticamente igual tanto no
metal “Imaculado” quanto no local onde você encostou o dedo, o que torna as
manchas praticamente invisíveis - assim como já acontece em qualquer superfície
que não seja lisa e brilhante.
O revestimento ainda está em fase de testes, mas a expectativa é
de que ele comece a ser usado pelas empresas de eletrodomésticos já a partir de
2020. Por enquanto, os pesquisadores não entraram em detalhes sobre se o
produto precisa ser aplicado durante o processo de fabricação do aparelho ou se
os consumidores poderão usá-lo naqueles que já possuem, mas provavelmente só
saberemos disso quando o produto for lançado oficialmente.
Fonte: New Atlas
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