Por João Ramiro Antunes
SHAZAM!: Dirigido por David Sandberg, que
veio do cinema de terror (Quando as luzes se apagam e Annabelle 2) ambos
apadrinhados por James Wan, faz sua estreia no gênero tão cultuado do momento
com SHAZAM! Billy Batson tem apenas 14 anos de idade, mas recebeu de um antigo
Mago o dom de se transformar em um super-herói adulto chamado Shazam. Ao gritar
a palavra SHAZAM!, o adolescente se transforma nessa versão adulta para se
divertir e testar suas habilidades. Contudo, ele precisa aprender a controlar
seus poderes para enfrentar o malvado Dr. Thaddeus Silvana.
Capitão Marvel como
era conhecido, que depois passou a ser chamado de Shazam, que tem como
curiosidade, um significado para cada letra: S de Salomão, H de Hércules, A de
Atlas, Z de Zeus, A de Aquiles e M de Mercúrio, letras essas que de acordo com
seus respectivos donos, herdaria suas habilidades ou poderes quando
transformado.
Quando criado em 1939, a sabedoria de Salomão, era o que tornava o
garoto num adulto com a clareza de um homem, mas que quando fora reinventado em
2011 para os Novos 52 (série de quadrinhos que deu novos ares para origem dos
heróis da DC) este ficaria adulto fisicamente, mas com mentalidade de
adolescente.
Então para os fãs mais ardorosos, que esperava ver o "Shazam das antigas", vai se frustar e muito, pois o que o espera no cinema é o dos Novos 52. Dito isso, mesmo sabendo que seria esse desde o início, foi difícil pra mim digeri-lo, pois tudo vai depender do que funciona ou não pra você.
Por exemplo, pra começar, Billy Batson interpretado pelo Asher Angel, está bem, mas tem sua personalidade completamente destoante da impressa pelo ator Zachary Levi para o Shazam. Em momento algum fica crível pra nós que são a mesma pessoa. Quando adolescente lida com a vida como adulto, já adulto como criança, e com mentalidade que não coincide com 14 anos.
Então para os fãs mais ardorosos, que esperava ver o "Shazam das antigas", vai se frustar e muito, pois o que o espera no cinema é o dos Novos 52. Dito isso, mesmo sabendo que seria esse desde o início, foi difícil pra mim digeri-lo, pois tudo vai depender do que funciona ou não pra você.
Por exemplo, pra começar, Billy Batson interpretado pelo Asher Angel, está bem, mas tem sua personalidade completamente destoante da impressa pelo ator Zachary Levi para o Shazam. Em momento algum fica crível pra nós que são a mesma pessoa. Quando adolescente lida com a vida como adulto, já adulto como criança, e com mentalidade que não coincide com 14 anos.
Zachary Levi manda bem, apesar de
algumas vezes passar do ponto, com suas caras e bocas, e em certos momentos nos
dando vergonha alheia. O uniforme, que é o item essencial para nos fazer
acreditar nesse universo fantástico, é muito espalhafatoso e visivelmente cheio
de enchimentos, para criar músculos (algo muito comum no gênero) mas aqui
deixando muito fake, perdendo credibilidade em nossa crença investida.
Já o vilão o doutor Silvana do Mark Strong, que pra mim já esteve bem melhor no Laterna Verde como Sinestro, é genérico, tem poderes legais, mas não tenho certeza se são bem utilizados.
Já o vilão o doutor Silvana do Mark Strong, que pra mim já esteve bem melhor no Laterna Verde como Sinestro, é genérico, tem poderes legais, mas não tenho certeza se são bem utilizados.
Agora se tem uma coisa realmente boa nesse filme é o ator Jack
Dylan, que faz o Freddy (um dos colegas órfãos do Billy) que dá um show de
carisma, e interpretação até melhor que o protagonista e chega a ofuscar até o
próprio Shazam.
Sua dinâmica com Zachary Levi é muito boa, e um dos pontos altos, ajudando muitas vezes a fazer funcionar melhor algumas piadas, por sinal, as únicas que me tiraram risos de verdade, pois o humor desse filme, entra nesse lance do: Funciona ou não.
Sua dinâmica com Zachary Levi é muito boa, e um dos pontos altos, ajudando muitas vezes a fazer funcionar melhor algumas piadas, por sinal, as únicas que me tiraram risos de verdade, pois o humor desse filme, entra nesse lance do: Funciona ou não.
Agora partindo para o quesito produção, os
efeitos especias e algumas caracterizações de personagens, entregam seu baixo
orçamento, fazendo parecer bem ultrapassado.
A ação é o ponto mais baixo pra mim, pois é atrapalhada e sem inspiração, feita não para engrandecer o herói, mas pra fazer graça. Pelo menos à uma surpresa boa, um acontecimento bem legal no "confronto final."
A ação é o ponto mais baixo pra mim, pois é atrapalhada e sem inspiração, feita não para engrandecer o herói, mas pra fazer graça. Pelo menos à uma surpresa boa, um acontecimento bem legal no "confronto final."
Com tudo, Shazam é o chute no balde da
DC, que começou séria, sombria e sem cor, mas que de tanto feed back negativo, se
transformou no oposto em seu mais novo lançamento. O que alguns estão rotulando
"o grande acerto ou o símbolo da mudança da DC", pra mim já havia
acontecido, e já estava bastante convencido e satisfeito, foi com Aquaman.
Shazam
é uma comédia descompromissada, colorida, tem clima de Sessão da Tarde, é cheio de
referências (à Quero ser grande do Tom Hanks) e ao seu próprio universo, com um
tom bem leve, o que é bom, mas que as vezes passa do ponto, nitidamente destinado
para crianças, tem mensagens bacana sobre amizade e família, não me agradou
muito, mas que se pararmos pra pensar no que a DC estava nos entregando à um
tempo atrás e seu público alvo, até acaba funcionando de certa forma...
NOTA:6/10
Assista o Trailer:
Ficha técnica
completa
Título
|
Shazam! (Original)
|
Ano produção
|
2019
|
Dirigido por
|
|
Estreia
|
4 de Abril de 2019 ( Brasil )
Outras datas |
Duração
|
132 minutos
|
Classificação
|
12 - Não recomendado para
menores de 12 anos
|
Gênero
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Países de Origem
|
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