Todos
os anos, o Google publica
um relatório de segurança do Android em
que a empresa avalia as medidas tomadas durante os últimos 12 meses para
combater a distribuição de arquivos infectados na plataforma. Além de trazer
números atualizados, o relatório deste ano também pode servir como uma espécie
de recomendação para que você saiba as melhores formas de se proteger.
De
acordo com o Google, o ano de 2018 apresentou um aumento na quantidade de
“aplicativos potencialmente perigosos” (PHAs, na sigla em inglês) encontrados
na Play Store. Se
no período anterior esse valor era de 0,02% do total de aplicativos, agora ele
subiu para 0,04%. Isso quer dizer que, de todos os downloads feitos na loja de
aplicativos do Google, apenas 0,04% foram considerados “potencialmente
perigosos”.
"Quantidade
de aplicativos perigosos aumentou devido a uma mudança na metodologia da
pesquisa".
Mas a
companhia sustenta que esse aumento é uma coisa boa. A justificativa é que isso
só aconteceu por causa de algumas mudanças na metodologia da pesquisa, que
agora são mais rígidas e acabam incluindo mais aplicativos nesta classificação.
Caso tivesse utilizado o mesmo método de 2017, o número do ano passado ficaria
em 0,01%.
Esse
valor sobe bastante quando falamos de aplicativos que são instalados por fora
da loja. Segundo o Google, se você instalar apenas programas que estão
disponíveis na Play Store, as chances de ser infectado são até 8 vezes menores
do que as de quem instala aplicativos que normalmente são distribuídos via
arquivos APK.
Brasil é um bom exemplo, mas com
ressalvas
O
Brasil é citado como um exemplo positivo. Dentre os chamados grandes mercados
(Índia, EUA, Brasil, Indonésia e Rússia), o país obteve a taxa mais baixa de
downloads de PHAs (0,23% do total de downloads). Ainda assim, o Google
ressaltou que o Brasil ainda enfrenta problemas para manter a integridades dos
aparelhos ao longo da cadeia de produção nacional.
Posição
do Brasil comparado aos outros principais mercados do Android e à média global.
Imagem:
Google/Reprodução.
Nesse ponto, a
companhia fala especificamente de um problema grave envolvendo “uma fabricante
brasileira” que vendeu celulares infectados de fábrica. Embora não cite o nome
da empresa nacional, o Google provavelmente
está se referindo à Multilaser, cujo MS50s vinha com um código
malicioso que poderia fraudar transações feitas no dispositivo.
Outra forma de
ter mais segurança é garantir que você está utilizando a versão mais recente do
sistema operacional. O relatório indica que o Android 9 Pie tem
uma taxa de downloads de PHAs de apenas 0,18%, sendo menor do que todas as
versões mais antigas. No entanto, quem tentar seguir essa prática certamente
vai esbarrar no problema de
fragmentação do sistema, sendo obrigado a comprar um dos poucos
aparelhos que são atualizados com frequência.
Fonte: GOOGLE
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