terça-feira, 10 de março de 2020

Coronavírus: produção de celulares sofre desfalque de 70% no país

Um levantamento feito pela Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) apontou que, como consequência do surto de Coronavírus, 70% das fabricantes de eletroeletrônicos no Brasil estão sofrendo com dificuldades de abastecimento de componentes e outros insumos.

De acordo com a pesquisa que contou com 50 empresas, esse desfalque foi causado pela crise de produção chinesa que fez com que inúmeras fábricas reduzissem suas atividades e até fechassem as portas temporariamente.

Esse número apresentou um crescimento significativo em comparação ao levantamento anterior, divulgado em 20 de fevereiro, no qual a Abinee informou que 54% das empresas haviam sido impactadas no Brasil devido ao Coronavírus.

Diante deste problema, 6% delas já estão operando com paralisação parcial de suas fábricas e 14% declararam que devem fazer o mesmo nos próximos dias. Nesse sentido, a Mobile Time divulgou que as fábricas da Motorola, da Samsung e da LG estão funcionando no país apenas com parte de sua produção.
(Fonte: Olhar Digital/Reprodução)

Por outro lado, 48% das entrevistadas disseram que não pretendem seguir o mesmo caminho e devem continuar seguindo o ritmo normal. Contudo, ainda não se sabe quais rumos o Coronavírus vai tomar daqui em diante.

No levantamento de janeiro, as empresas pareciam mais otimistas em relação às suas estimativas. Apenas 17% das participantes declararam que não iriam atingir suas metas de produção para o primeiro trimestre, número que subiu para 21%.

Atualmente, essas empresas acreditam que devem sofrer uma queda de 31% em relação ao que foi planejado. Em fevereiro, no entanto, a redução esperada era de 22%. Além disso, estima-se 54% dos fabricantes devem enfrentar riscos de entrega do produto final para os clientes que se a crise de abastecimento durar mais um mês e meio.

Em entrevista para a Mobile Time, o presidente da Abinee, Humberto Barbato, destacou a dependência do Brasil em relação ao mercado asiático, afirmando que é necessário investir na criação de fábricas nacionais de componentes eletroeletrônicos.

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