segunda-feira, 16 de março de 2020

J.R.A.FOTO-CRÍTICA: BLOODSHOT

Baseado no personagem de mesmo nome, criado por Don Perlin, Kevin Vanhook e Bob Layton, publicado pela Valiant Comics em 1992, com a intenção de ser o primeiro título de uma série de filmes ambientado no universo cinematográfico da editora, acaba de fazer sua estréia nos cinemas, trazendo Vin Diesel no papel principal. 
Ray Garrison, um soldado recentemente morto em combate e ressuscitado como o super-humano Bloodshot da empresa RST. Com um exército de Nanotecnologia nas suas veias, Ray é uma força imparável - mais forte do que nunca é capaz de se curar instantaneamente. Mas, ao controlar o seu corpo, a empresa controla também sua mente e as suas memórias. Agora, Ray não sabe o que é real e o que não é, mas está decidido a descobrir a verdade. 
Para começar, gostaria de deixar bem claro que não conheço os quadrinhos, então tudo que falarei aqui será restritamente sobre o filme como produto de entretenimento, a não ser, uma ressalva  com o que se diz respeito a fidelidade visual do herói que discutirei um pouco mais adiante. 
O longa é a mais nova aposta da Sony Pictures, colocando o recém estreante David S. F. Wilson na direção, que outrora fez sua carreira trabalhando em cutscenes de vídeo game, e dá pra notar sua experiência adquirida, assim como sua inexperiência nessa nova área. 
No início a narrativa e a ação é corrida, com excessivos cortes, câmeras lentas desnecessária, dando menos tempo do que deveria para desenvolver o drama, como se tivesse pressa para mostrar onde realmente consegue êxito, nas cenas geradas por computador. 
 
Seu jeito de filmar a ação meio picotada demais até metade da projeção desanima, entregando algo visualmente puro, apenas na sequência final, ali sim, bem conduzida, mesmo carregado de CGI, empolga e não atrapalha seu clímax, contando com um efeito de regeneração muito bem feito.
O elenco é bom, o Vin Diesel está ok, mas parece tá no automático na maior parte do tempo, com a mesma cara dos últimos 10 filmes, algo que poderia ter melhorado nossa percepção se tivessem ligado para uma caracterização mais fiel ao personagem, aqui deixado completamente de lado, que chega a causar dúvida se o astro era o cara certo para o projeto. 
A Eiza González tá bem, acho que é a única que me convenceu de verdade carregando bem a parte dramática da história. Já o Guy Pearce tá sempre bem, o papel o qual executa aqui, tende a ser operante, pois o ator parece ter nascido pro tipo. 
Ainda contando, com participações do querido Toby Kebbell, Sam Heughan e Alex Hernandez fazendo bons capangas (o Hernandez até mais por chamar atenção por seus extra braços biônicos) e também o Lamorne Morris que tá engraçadinho. 
 
Contudo, acredito que o maior problema de Bloodshot esteja no roteiro, que segue todos os clichés possíveis de filmes de vingança dos últimos anos. Cheio de frases de efeito que não colam, com história de origem que é um mescla de Robocop com Soldado Universal, com cenas de ação que parecem copiadas, como uma de perseguição com uso de elementos chupados de G.I.Joe - A Origem de Cobra de 2009, só que com resultado bem inferior. 
Bloodshot é menos do que se espera de um filme de ação desse molde, demora pra engrenar, é apressado quando não deve, lento quando não deveria. Trazendo um Vin Diesel menos inspirado, direção imatura, tem roteiro com elementos interessante que poderia ter sido melhor aproveitado, algumas cenas com um apuro visual bacana, mas sua trama genérica atrapalha em sua jornada para a entrada no tão cultuada cinema de super-heróis com o pé direito. 

NOTA: 6,5/10

Assista o Trailer:

Ficha Técnica Completa
TítuloBloodshot (Original)
Ano produção2020
Dirigido por
Estreia
12 de Março de 2020 ( Brasil )
Outras datas 
Duração109 minutos
Classificação 14 - Não recomendado para menores de 14 anos
Gênero
Países de Origem

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