Com o objetivo de combater a pandemia do Coronavírus, uma série de governos ao redor do mundo estão aderindo à estratégia de monitorar a população através da localização dos celulares.
As operadoras de telefonia móvel da União Europeia, por exemplo, já estão compartilhando esses dados com autoridades da saúde da Alemanha, Áustria e Itália que querem saber se as pessoas estão realmente respeitando o distanciamento social, como informa o site Reuters.
No entanto, essas empresas estão restritas ao Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeira (GDPR), que impõem limites ao compartilhamento e gerenciamento de informações pessoais dos clientes. Assim, as operadoras fornecem dados anônimos, sob uma perspectiva mais geral.
Na região da Lombardia, na Itália, o movimento da população nas ruas diminui cerca de 30% em relação ao mês passado. Essa comparação, vale destacar, só foi possível devido à estratégia de monitoramento adotada pelas autoridades italianas.
(Fonte: Pexels/Reprodução)
O governo israelense está seguindo por esse mesmo caminho. Em 16 de março, um comunicado oficial foi divulgado informando que Israel usaria uma ferramenta de localização, inicialmente desenvolvida para mapear terroristas, no monitoramento de pacientes infectados com o Coronavírus.
Um oficial de segurança israelense declarou ao The New York Times que os dados seriam usados em uma "atividade focada e por tempo limitado". Apesar disso, essa estratégia cada vez mais usada pelos governos, levanta questionamentos sobre a liberdade civil. Afinal, até que ponto a liberdade pode ser flexibilizada em prol da segurança da população?
Outros países, como Irã e Taiwan, também entraram para essa lista. A China, por sua vez, conta com uma série de tecnologias para monitorar a população. Dentre elas, podemos citar o sistema de reconhecimento facial e até câmeras que registram a temperatura de cidadãos em rodoviárias e aeroportos.
A Coreia do Sul se destaca por ter criado um mapa público através do qual qualquer cidadão pode descobrir se entrou em contato com alguém infectado. Os Estados Unidos também já demonstraram sua intenção em mapear a população através de dados celulares. O que acha dessa estratégia? Dê sua opinião nos comentários!
Fonte:The Verge
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